A Polícia Federal cumpriu ordem do ministro Dias Toffoli para apreender documentos na 13ª Vara Federal de Curitiba, unidade responsável pelos processos da Operação Lava Jato. A medida busca garantir ao Supremo Tribunal Federal o acesso integral a materiais que não foram encaminhados conforme determinações anteriores, incluindo registros relacionados ao empresário Tony Garcia, que atuou como colaborador em investigações conduzidas pelo então juiz e atual senador Sergio Moro.
A operação, realizada diretamente nas dependências da 13ª Vara Federal, teve como foco documentos físicos e digitais que, segundo o STF, deveriam ter sido enviados à Corte. Até o momento, não houve detalhamento oficial sobre o conteúdo apreendido pela Polícia Federal. A determinação foi motivada por indícios de descumprimento de decisões judiciais por parte da Justiça Federal do Paraná.
Motivações da decisão de Dias Toffoli
A ordem emitida pelo ministro fundamenta-se em informações que apontam para a existência de materiais relevantes ainda sob guarda da 13ª Vara Federal, apesar de decisões anteriores que exigiam seu envio ao Supremo. Entre os documentos estão registros referentes a depoimentos, anexos sigilosos e elementos de procedimentos envolvendo Tony Garcia. A medida visa assegurar a integridade e a completude das informações que compõem o acervo relacionado à Lava Jato.
Toffoli determinou a atuação imediata da Polícia Federal diante do risco de perda, ocultação ou deterioração do material. A solicitação reforça a competência do STF para analisar conteúdos vinculados a autoridades com foro privilegiado ou a fatos correlatos.
Atuação da PF e recolhimento dos materiais
A ação da PF ocorreu ao longo da manhã desta quinta-feira, com equipes especializadas responsáveis pela coleta, catalogação e lacração dos documentos. O procedimento inclui mídias digitais, relatórios, termos de colaboração e eventuais registros internos mantidos na Vara. A instituição não divulgou informações adicionais sobre o volume ou o tipo de conteúdo apreendido.
O STF deverá receber o material ainda nesta semana para análise preliminar. Os dados recolhidos serão submetidos a protocolo de segurança e registro oficial antes da disponibilização à Corte para os desdobramentos necessários.
Tony Garcia e o vínculo com investigações anteriores
Os documentos relacionados ao empresário Tony Garcia são considerados relevantes pelo STF. Garcia atuou como colaborador em procedimentos conduzidos por Sergio Moro quando este era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba. Seu depoimento compõe parte de investigações sobre conduções processuais e eventuais irregularidades atribuídas à força-tarefa.
O envio desses registros ao STF havia sido determinado em ocasiões anteriores, mas novas informações indicaram a existência de material ainda não entregue. A apreensão, portanto, visa complementar o conjunto probatório.
Próximos passos após a apreensão
Com a chegada do material ao Supremo, a análise deverá contemplar a verificação de integridade, a checagem de omissões e a avaliação de eventuais responsabilidades administrativas ou processuais por parte de servidores ou magistrados da Justiça Federal do Paraná. Ainda não há previsão de divulgação pública sobre o teor dos documentos.
O Tribunal deverá decidir se haverá abertura de novas frentes de apuração ou se os dados se integrarão a procedimentos já em curso. A apuração pode envolver temas sensíveis relacionados à condução de casos da Lava Jato.
*Com informações da Sputnik News.
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