O Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o maior país do mundo a eliminar a transmissão do HIV de mãe para filho, também chamada de transmissão vertical, como problema de saúde pública. O anúncio foi antecipado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante participação no programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, na segunda-feira (15/12/2025).
Segundo o ministro, representantes da OMS e do Unaids visitarão o país nos próximos dias para realizar a entrega oficial da certificação ao governo brasileiro.
Certificação internacional confirma dados apresentados pelo Brasil
De acordo com Alexandre Padilha, o reconhecimento internacional é resultado de um processo técnico de avaliação, baseado em indicadores apresentados pelo Brasil à OMS. O país encaminhou um dossiê com dados do Sistema Único de Saúde (SUS) no mês de julho, comprovando a eliminação da transmissão vertical do HIV.
A certificação considera critérios como ampla cobertura de pré-natal, realização de testes rápidos, acesso universal a medicamentos antirretrovirais e acompanhamento adequado das gestantes vivendo com HIV.
SUS é apontado como eixo central da eliminação da transmissão vertical
O ministro destacou que o resultado é atribuído diretamente à atuação do SUS, especialmente na atenção básica à saúde. Segundo ele, o acesso a testes rápidos nas unidades básicas, o rastreamento durante o pré-natal e o tratamento contínuo das gestantes foram decisivos para interromper a cadeia de transmissão.
Padilha lembrou que, em décadas passadas, o país convivia com abrigos filantrópicos destinados a crianças que nasceram com HIV, após perderem os pais em decorrência da Aids. De acordo com o ministro, esse cenário foi superado com o fortalecimento das políticas públicas de saúde.
Eliminação da transmissão representa mudança estrutural na saúde pública
Segundo o Ministério da Saúde, a eliminação da transmissão vertical do HIV indica uma mudança estrutural na resposta brasileira à epidemia, com impacto direto na redução da mortalidade infantil e na qualidade de vida das famílias atendidas pelo sistema público.
O reconhecimento da OMS posiciona o Brasil como referência internacional em políticas de prevenção combinada, especialmente em países de grande extensão territorial e com sistemas universais de saúde.
Ministério da Saúde anuncia ações voltadas à saúde mental e apostas eletrônicas
Durante o mesmo programa, Alexandre Padilha também apresentou iniciativas relacionadas ao enfrentamento dos impactos das apostas eletrônicas na saúde mental. Entre as medidas está a criação do Observatório Saúde de Apostas Eletrônicas, que reúne dados e estratégias intersetoriais.
O ministro informou ainda que o aplicativo Meu SUS Digital passou a disponibilizar uma ferramenta de bloqueio simultâneo de contas em sites de apostas, além da previsão de implantação de teleatendimento psicossocial para ampliar o acesso a cuidados em saúde mental.
Estudos apontam maior adesão ao atendimento psicológico online
Segundo Padilha, estudos conduzidos pela pasta indicam que usuários afetados por problemas relacionados às apostas demonstram maior adesão a consultas online com psicólogos e psiquiatras. O ministro afirmou que os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) registram atualmente um número reduzido desse tipo de atendimento presencial, com expectativa de cerca de 5 mil atendimentos no ano.
*Com informações da Agência Brasil.
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