O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu seus ministros na quarta-feira (17/12/2025), na Granja do Torto, em Brasília, para o último encontro ministerial de 2025. Durante a reunião, Lula defendeu a manutenção do diálogo permanente com o Congresso Nacional, avaliou os três anos de gestão e afirmou que 2026 será o “ano da verdade”, com foco em entregas visíveis à população.
Segundo o presidente, a polarização política tem dificultado a percepção pública dos resultados do governo, apesar da execução de políticas sociais e econômicas ao longo do ano. Lula destacou que a articulação política seguirá como elemento central para o avanço da agenda governamental.
Diálogo político e agenda legislativa
Ao abordar a relação com o Legislativo, Lula afirmou que a negociação com o Congresso é indispensável para garantir a aprovação de projetos e a continuidade das políticas públicas. Para o presidente, o diálogo institucional deve prevalecer mesmo em um ambiente de divergências políticas.
O chefe do Executivo ressaltou que grande parte das políticas sociais já foi lançada e cobrou que o próximo ano seja marcado por resultados concretos, especialmente em um contexto eleitoral. Segundo ele, o governo precisa assegurar que as ações cheguem de forma clara à população.
Política externa e conversa com Donald Trump
No campo internacional, Lula destacou a importância da diplomacia como instrumento de resolução de conflitos e mencionou conversas recentes com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com o presidente brasileiro, o diálogo deve sempre prevalecer sobre o confronto.
“Dialogar custa menos e causa menos sofrimento do que partir para a guerra. Quando confiamos na força do argumento e da palavra, evitamos muitos conflitos entre as nações”, afirmou Lula aos ministros, ao relatar o teor da conversa.
Ano eleitoral e mudanças no ministério
O encontro também serviu para tratar das perspectivas para 2026, ano de eleições gerais. Lula afirmou que aceitará o afastamento de ministros que desejarem disputar cargos eletivos e estimou que cerca de metade das pastas deverá passar por mudanças até abril.
Segundo o presidente, a orientação do Palácio do Planalto é que os ministros que deixarem os cargos sejam substituídos, preferencialmente, por secretários-executivos, como forma de garantir continuidade administrativa e evitar desorganização na gestão.
Lula também comentou o movimento de ministros que deixam o governo para disputar eleições, afirmando que compreende a decisão e desejando êxito aos que optarão pelo afastamento.
Balanço dos três anos de governo
Durante a reunião, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou um balanço dos três anos de gestão, com destaque para indicadores econômicos e sociais. Entre os pontos citados estão a redução do desemprego, o programa Pé-de-Meia, a diminuição do custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a demarcação de terras indígenas.
Também foram mencionados resultados relacionados à execução orçamentária do Novo PAC e ao desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida, considerados estratégicos para o ciclo final do mandato.
Possíveis saídas da equipe ministerial
Entre os ministros citados como possíveis candidatos em 2026 estão Rui Costa, Fernando Haddad, Jader Filho, Renan Filho, Waldez Góes e Wolney Queiroz. A definição das substituições deverá ocorrer nos próximos meses, conforme o calendário eleitoral.
O presidente encerrou o encontro reforçando que o foco do governo será entregar resultados, manter o diálogo político e assegurar estabilidade administrativa no início do próximo ano.
*Com informações da Sputnik News.
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