O secretário estadual da Fazenda da Bahia, Manuel Vitório, rebateu publicamente informações classificadas como fake news pela gestão estadual sobre os empréstimos contratados pelo governo. Segundo ele, a oposição tem disseminado dados distorcidos ao confundir operações de crédito com valores efetivamente investidos, o que compromete o entendimento correto das contas públicas.
De acordo com Vitório, o Estado da Bahia tem recorrido a investimentos em infraestrutura como estratégia central para elevar sua competitividade frente a unidades federativas mais ricas, atrair empreendimentos produtivos — inclusive de base tecnológica e ambientalmente sustentáveis — e, simultaneamente, melhorar a prestação de serviços públicos essenciais à população.
O titular da Secretaria da Fazenda da Bahia destacou que a narrativa da oposição ignora conceitos básicos da administração pública e do financiamento estatal, contribuindo para um ambiente de desinformação que distorce o debate fiscal e orçamentário.
Investimento não é sinônimo de empréstimo
Vitório enfatizou que um dos principais equívocos disseminados é a ideia de que todo investimento corresponde automaticamente a endividamento. Segundo ele, a aprovação de uma operação de crédito não representa dinheiro disponível de forma imediata nos cofres públicos.
“O valor investido não é exatamente igual ao valor de tomada de empréstimo”, afirmou o secretário, ao explicar que a autorização legislativa apenas permite ao governo negociar com instituições financeiras taxas de juros, prazos e condições contratuais. A contratação efetiva ocorre apenas após esse processo, que pode levar meses.
O secretário ressaltou ainda que, em muitos casos, parte significativa dos investimentos é financiada com recursos próprios do Estado, sem impacto direto sobre o endividamento, o que contradiz as narrativas alarmistas difundidas no debate político.
Números oficiais e liderança nacional em investimentos
Para esclarecer a controvérsia, Vitório apresentou dados consolidados. Segundo ele, a Bahia investiu aproximadamente R$ 20,2 bilhões até o momento, enquanto o total de operações de crédito contratadas alcançou R$ 5,4 bilhões. O restante dos recursos empregados em obras e projetos estruturantes teve origem majoritária em receitas próprias.
Em 2025, a Bahia assumiu a liderança nacional em volume de investimentos públicos, superando inclusive São Paulo. Os números, segundo o governo estadual, têm como base informações do Siconfi e do Tesouro Nacional.
O desempenho, de acordo com a Secretaria da Fazenda, reflete uma política fiscal voltada ao investimento produtivo, com controle do endividamento e priorização de projetos estruturantes.
Contexto histórico e restrições federais
Vitório também contextualizou o cenário fiscal herdado de gestões anteriores. Segundo ele, durante o governo de Rui Costa, havia pouco espaço fiscal para novas operações de crédito, ainda assim o Estado conseguiu manter elevados níveis de investimento com recursos próprios.
Naquele período, conforme destacou o secretário, a Bahia foi o segundo estado que mais investiu no país, mesmo enfrentando uma queda acentuada nos repasses federais durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro. Essa restrição, segundo Vitório, exigiu maior esforço de gestão financeira e planejamento orçamentário por parte do governo estadual.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




