Sete especialistas das Nações Unidas (ONU) divulgaram um comunicado nesta quinta-feira (19/10/2023) em que expressam forte repúdio ao ataque ao Hospital Al Ahli Arab, na cidade de Gaza, que resultou na morte de mais de 470 civis na última terça-feira (17). No documento, esses especialistas acusam Israel de cometer crimes contra a humanidade e advertem sobre a possibilidade de um genocídio na região.
O ataque ao Hospital Al Ahli Arab foi classificado pelos especialistas como uma atrocidade. No entanto, Israel nega qualquer envolvimento nesse ataque a uma unidade de saúde. Além disso, os especialistas demonstraram indignação em relação a um ataque no mesmo dia a uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), no campo de refugiados de Al Maghazi, que abrigava cerca de 4 mil pessoas deslocadas, bem como a ataques em dois campos de refugiados densamente povoados.
Os relatores da ONU alertaram que as ações de líderes políticos israelenses, juntamente com os acontecimentos na Cisjordânia, como prisões e assassinatos, indicam um risco de genocídio contra o povo palestino.
O comunicado foi assinado pelos seguintes relatores da ONU: Pedro Arrojo Agudo (Direitos Humanos à Água Potável e ao Saneamento); Francesca Albanese (Situação de Direitos Humanos no Território Palestino Ocupado); Reem Alsalem (Violência contra Mulheres e Meninas); Paula Gaviria Betancur (Direitos Humanos de Pessoas Deslocadas Internamente); Michael Fakhri (Direito à Alimentação); Tlaleng Mofokeng (Direito de Todos ao Gozo do Mais Alto Padrão de Saúde Física e Mental); e Balakrishnan Rajagopal (Direito à Moradia).
O conflito entre Israel e grupos palestinos, como o Hamas, continua causando sofrimento e perdas de vidas em ambos os lados. A escalada de violência resultou em ataques a áreas residenciais e escolas, incluindo o trágico ataque ao Hospital Al Ahli Arab, que deixou centenas de mortos e feridos. O cenário é marcado por alegações conflitantes sobre a autoria do ataque, com o grupo Hamas realizando ataques aéreos e terrestres em território israelense, seguido de uma resposta militar de Israel com bombardeios na Faixa de Gaza.
*Com informações da Sputnik News.
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