Entidades repudiam proposta do MGI sem reajuste salarial para servidores públicos

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) provocou descontentamento ao apresentar à Mesa Nacional de Negociação Permanente uma proposta que contempla reajuste nos benefícios concedidos aos servidores públicos, mas descarta aumento salarial. Embora ainda não formalizada, a sugestão do governo inclui um aumento expressivo de 51,9% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando de R$ 658 para R$ 1 mil. O auxílio-creche teria um acréscimo de R$ 321 para R$ 484,90, enquanto o auxílio-saúde iria de R$ 144,38 para aproximadamente R$ 215, conforme afirmado pelo MGI.

O ministério destaca que, para “servidores com as menores remunerações” que recebem os três benefícios, o aumento total na remuneração poderia chegar a 23%. No entanto, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) expressou descontentamento, afirmando que a proposta “frustrou as expectativas” ao não apresentar um reajuste salarial concreto para 2024. A entidade argumenta que a proposta prejudica aposentados e pensionistas, que representam mais da metade da categoria.

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF) também criticou a proposta, considerando os ganhos nos benefícios “insuficientes” e alegando que o governo desconsiderou as necessidades e direitos de centenas de milhares de servidores. Uma assembleia realizada pelo Sindsep-DF resultou em manifestações contrárias à oferta do governo. O Conselho Deliberativo das entidades representativas dos servidores públicos aguarda a formalização da proposta para convocar uma reunião.

*Com informações da Agência Brasil.