Governo de Israel atua nos bastidores para evitar pedido de prisão de Netanyahu pelo TPI

Tel Aviv teme possível mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra.
Tel Aviv teme possível mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra.

Diante das preocupações com a possibilidade de um mandado de prisão ser emitido contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por supostos crimes de guerra, o governo de Tel Aviv está atuando nos bastidores para evitar que o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, tome tal medida, conforme reportou o jornal The Times of Israel neste domingo (28/04/2024).

Segundo relatos da mídia local, há um real temor nos altos círculos governamentais israelenses de que Netanyahu seja alvo de um mandado de prisão por parte de Haia. Uma fonte governamental, que preferiu não se identificar, informou ao jornal que atualmente Haia está focada em investigar acusações de que Israel deliberadamente privou os palestinos de Gaza de alimentos.

O governo de Israel está trabalhando para evitar as temidas ordens de detenção que poderiam ser emitidas pelo TPI, conforme destacou o alto funcionário consultado. Os órgãos envolvidos nessa tentativa de impedir um possível mandado de prisão incluem o Conselho de Segurança Nacional e o Ministério das Relações Exteriores, afirmou o jornal, citando fontes diplomáticas israelenses.

As ordens de detenção também poderiam ser emitidas contra outros funcionários do governo ou das Forças de Defesa de Israel, precisou o The Times of Israel. O país liderado por Netanyahu iniciou uma ofensiva em grande escala contra a Faixa de Gaza desde outubro passado, resultando em um número significativo de mortes, a maioria civis, de acordo com relatos das autoridades locais de Gaza e agências da ONU.

Em 29 de dezembro passado, o governo da África do Sul apresentou uma queixa contra Israel por suposto “genocídio” em Gaza perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o tribunal da ONU responsável por resolver disputas entre Estados. Vale ressaltar que o TPI trabalha em questões penais relacionadas a indivíduos, não a países.

*Com informações da Sputnik News.


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