No 1º trimestre de 2023, 4 em cada 10 pessoas de 5 anos ou mais ainda não tinham tomado todas as doses da vacina contra Covid-19 na Bahia, diz IBGE

Relatório do 1º trimestre de 2023 mostra cenário da vacinação e casos de COVID-19 no estado baiano.
Relatório do 1º trimestre de 2023 mostra cenário da vacinação e casos de COVID-19 no estado baiano.

No primeiro trimestre de 2023, dados revelam que cerca de 4 em cada 10 pessoas com 5 anos ou mais na Bahia ainda não haviam completado todas as doses da vacina contra COVID-19. De acordo com as estatísticas, até então, 13,251 milhões de pessoas nessa faixa etária receberam pelo menos uma dose, representando 94,5% da população correspondente. Esse percentual, embora ligeiramente superior à média nacional de 93,9%, coloca a Bahia como o décimo estado com a maior proporção de vacinados entre os 27 da Federação. Por outro lado, apenas 52,9% da população baiana elegível havia recebido todas as doses recomendadas, mostrando que dois anos após o início da imunização, ainda havia um desafio significativo em garantir a cobertura completa.

A análise dos dados também revelou disparidades de gênero e faixa etária na vacinação. Na Bahia, as mulheres apresentaram uma proporção ligeiramente maior de vacinação, com 95,5% tendo recebido pelo menos uma dose, em comparação com 93,4% dos homens. Além disso, a cobertura vacinal aumentou com a idade, variando de 77,4% entre as crianças de 5 a 11 anos para 97,9% entre as pessoas com 60 anos ou mais. No entanto, mesmo com esses avanços, aproximadamente 44,7% da população elegível na Bahia ainda não estava completamente vacinada até o primeiro trimestre de 2023, uma preocupação que persistia mesmo após anos de campanhas de vacinação.

A análise também evidenciou diferenças entre áreas urbanas e rurais, bem como entre adultos e crianças/adolescentes na Bahia. A proporção de pessoas que não haviam tomado todas as doses recomendadas foi maior em áreas rurais (48,3%) do que em áreas urbanas (43,3%) e entre adultos (45,1%) do que entre crianças e adolescentes (42,8%). Quanto aos motivos para a não conclusão da vacinação, o “esquecimento ou falta de tempo” foi o mais citado, seguido pela questão da confiança na vacina e pelos intervalos de tempo entre as doses.

No que diz respeito aos casos de COVID-19, a Bahia apresentou um quadro interessante. Embora tenha tido o sexto maior número absoluto de casos confirmados (2,474 milhões de pessoas com 5 anos ou mais), sua proporção de 17,6% ficou abaixo da média nacional de 27,4%. Isso indicava uma taxa relativamente menor de infecção em comparação com outros estados. No entanto, cerca de um quarto dos adultos que tiveram COVID-19 continuaram a apresentar sintomas um mês após o início da doença, um dado preocupante que sugeria a persistência de complicações em uma parcela significativa da população infectada.

Esses dados ilustram os desafios contínuos enfrentados na Bahia em relação à vacinação e ao controle da COVID-19, destacando a necessidade de medidas contínuas para garantir uma cobertura vacinal abrangente e a monitorização constante dos casos e de seus desdobramentos.


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