Pedro Tourinho, secretário de Cultura e Turismo de Salvador, destacou a importância da cerimônia anual, que reforça o papel crucial da localidade na consolidação da Independência do Brasil.
“Pirajá é o grande coração dessa luta, pois aqui aconteceram os momentos mais importantes e simbólicos contra o domínio português. Estar aqui mais uma vez, reverenciando esse acontecimento é superimportante também para fortalecer este bairro e a nossa cidade”, afirmou Tourinho.
Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos, ressaltou a relevância histórica da Batalha de Pirajá e introduziu um novo elemento à celebração.
“É uma solenidade muito importante e que passou a contar, desde o ano passado, com duas tochas do Fogo Simbólico, reconhecendo a participação do Litoral Norte na luta pela Independência. O 2 de Julho precisa ser redescoberto, estudado, entrar no currículo escolar como disciplina obrigatória, porque a Independência do Brasil se concretiza na Bahia, em 1823”, disse Guerreiro.
O Fogo Simbólico simboliza a união dos povos na conquista da libertação do estado. O roteiro do Recôncavo parte de Cachoeira e percorre 100 km, passando por cidades como Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde e Candeias. O roteiro do Litoral Norte, com 50 km, começa em Mata de São João e passa por Dias D’Ávila, Camaçari e Lauro de Freitas, encontrando o roteiro do Recôncavo em Simões Filho e culminando em Salvador. Este ano, a atleta de ginástica rítmica Júlia Santos, que integrou a seleção brasileira em 2022, foi responsável por entrar no Panteão com o Fogo Simbólico.
Renilda Santos, cuidadora de idosos e moradora de Pirajá, fez questão de participar da cerimônia novamente, mantendo uma tradição familiar.
“Minha mãe me trazia aqui e agora trago minha filha e meu sobrinho. Eu conto a eles que aqui é um bairro de luta, de guerreiros, e tenho orgulho de viver aqui”, relatou Renilda.
Além da chegada do Fogo Simbólico, a apresentação do Cortejo Afro, criado pelo artista plástico Alberto Pitta em 1998 no Ilê Axé Oyá, às margens da Bacia do Cobre, no Parque São Bartolomeu, foi um dos pontos altos do evento. O grupo subiu ao palco com figurinos elaborados, em referência ao povo indígena que também participou da luta pela Independência na Bahia.
Mara Luciana da Silva, moradora de Pirajá, expressou seu orgulho pela atração. “Sou nascida e criada aqui no bairro e praticamente participo do evento todos os anos. Eu gosto de ver o Cortejo desfilando no Carnaval e é uma alegria vê-los aqui hoje”, comentou.
Cláudia Silveira, vizinha de Mara, compartilhou sua experiência.
“Sou nova em Pirajá e quem me trouxe ano passado para a festa foi ela (Mara). Voltei porque gostei. Quando morava em outro bairro, não tinha ideia que acontecia esse evento cívico aqui. Hoje, trouxe meu filho de três anos”, disse Cláudia.
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