Vírus da gripe circula de maneira heterogênea pelo país, aponta Fiocruz

Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta circulação desigual do vírus da gripe pelo Brasil, com aumento de casos na Região Centro-Sul e estabilidade em outras áreas.
Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta circulação desigual do vírus da gripe pelo Brasil, com aumento de casos na Região Centro-Sul e estabilidade em outras áreas.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou recentemente o boletim InfoGripe, que destaca a circulação heterogênea do vírus da gripe pelo Brasil. Segundo o documento, embora alguns estados brasileiros apresentem estabilização ou queda nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus da influenza, a Região Centro-Sul ainda registra um crescimento significativo dos casos.

O boletim ressalta que estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul mostram um aumento de SRAG por influenza A, especialmente entre adolescentes, adultos e idosos. A longo prazo, 11 estados apresentam tendência de crescimento de SRAG: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explica que esse cenário heterogêneo é esperado em um país com as dimensões continentais do Brasil, onde características climáticas distintas influenciam a circulação dos vírus respiratórios.

“A gente tem um país de dimensões continentais com características climáticas, inclusive, distintas, que fazem com que seja comum a gente ter momentos em que há uma circulação maior de um determinado vírus respiratório em parte do nosso território nacional e em outra parte a gente está numa situação de tranquilidade. E no momento atual, a gente tem exatamente essa situação em relação ao vírus Influenza A, em particular”, afirmou Gomes.

Apesar das diferenças no número de casos, internações e óbitos pela gripe entre os estados, Marcelo Gomes destaca a importância da vacinação, especialmente entre os grupos de risco.

“A gente está observando tanto impacto em termos de internações como de óbitos, porque, infelizmente, o vírus da gripe é sim uma causa importante, tanto de internações quanto de mortes. Felizmente não se compara com a covid-19, mas nem por isso deixa de ser um problema, pelo contrário, é um fator que a gente precisa se cuidar. Então, é óbvio: o primeiro cuidado básico é a vacinação.”

As unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) continuam mobilizadas em todo o país para a vacinação contra a gripe. Todas as pessoas com mais de seis meses de idade estão aptas a se vacinar. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é crucial para salvar vidas e prevenir milhões de casos graves e óbitos provocados pelo vírus da influenza.

Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, enfatiza a importância da vacina.

“A vacina é importante porque diminui o risco de infecção. A vacina também diminui significativamente o risco de formas graves da doença e de hospitalização. Por isso é importante, acaba resultando na diminuição do número de mortes pela doença.”


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