Desde que a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 30 de julho como o “Dia Internacional da Luta pelo Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, a campanha ‘Julho Coração Azul’ tem sido um marco global na conscientização e prevenção desse crime. Na Bahia, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) tem desempenhado um papel crucial coordenando as iniciativas locais através do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP).
A abertura oficial da campanha está marcada para quinta-feira, 04, na Sala de Atos da Governadoria, onde autoridades e ativistas se reunirão para lançar uma série de atividades destinadas a sensibilizar a população sobre os riscos e impactos do tráfico humano. A agenda inclui ações digitais nas redes sociais, além da distribuição de materiais educativos em locais estratégicos como estádios de futebol, escolas e estações de metrô.
“Há uma urgência crescente em conscientizar a sociedade sobre os perigos do tráfico de pessoas, especialmente diante do aumento alarmante de casos de exploração laboral em áreas rurais e urbanas da Bahia”, destacou Hildete Nogueira, coordenadora do NETP.
Em 2023, foram registrados 338 casos de baianos traficados para trabalho escravo, refletindo uma realidade preocupante nas regiões metropolitanas de Salvador, no Oeste e Sudoeste do estado.
A SJDH, em parceria com o Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, tem implementado políticas públicas para combater esse fenômeno, incluindo a Política Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Essa iniciativa visa não apenas reprimir atividades criminosas, mas também oferecer suporte integral às vítimas, alinhando-se aos padrões internacionais de direitos humanos.
No contexto brasileiro, o tráfico de pessoas movimenta aproximadamente 32 milhões de dólares anualmente, colocando o Brasil como o sexto país mais afetado por essa prática criminosa. A exploração sexual e a mão-de-obra em condições análogas à escravidão são as formas mais comuns de violação de direitos humanos identificadas, afetando especialmente mulheres, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
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