Ataques aéreos intensificam crise humanitária no centro e sul de Gaza

Conflitos em Gaza agravam a situação humanitária com novos ataques, deixando dezenas de mortos e centenas de feridos.
Conflitos em Gaza agravam a situação humanitária com novos ataques, deixando dezenas de mortos e centenas de feridos.

Nesta segunda-feira (15/07/2024), novos ataques aéreos israelenses atingiram as áreas sul e central de Gaza. Em Al Mawasi, no sudoeste da região, trabalhadores humanitários e parceiros da ONU prestavam assistência às vítimas dos ataques. Esses eventos, ocorridos no sábado anterior, resultaram em pelo menos 90 mortos e cerca de 300 feridos.

Scott Anderson, coordenador humanitário adjunto nos territórios palestinos ocupados, relatou as condições críticas no Complexo Médico Nasser em Khan Younis, onde as vítimas foram internadas. Ele descreveu a falta de leitos, equipamentos de higiene, desinfetantes e sistemas de ventilação, que foram desligados devido à falta de eletricidade e combustível. Anderson testemunhou bebês amputados, crianças paralisadas sem tratamento e famílias separadas.

Os militares israelenses declararam que o alvo dos ataques era um comandante militar do Hamas em Al Mawasi, uma área densamente povoada, incluindo muitos deslocados de Rafah. Além disso, um ataque a uma escola da Unrwa no campo de refugiados de Nuseirat resultou em pelo menos 17 mortes. Três outras escolas da Unrwa foram atingidas na semana anterior.

A ONU informou que milhares de pessoas estão vivendo em condições precárias em abrigos informais nos campos de refugiados de Al Bureij e Al Maghazi. Em Al Bureij, 3,8 mil pessoas compartilham 388 barracas sem serviços básicos. Em Al Maghazi, mais de 1 mil pessoas, incluindo pacientes com câncer, estão em uma escola danificada sem assistência médica ou alimentos.

Anderson reiterou apelos por um cessar-fogo imediato e a liberação de todos os reféns israelenses. Ele destacou a necessidade de proteger civis e fornecer ajuda humanitária, apesar dos obstáculos nos postos de controle e a deterioração da lei e ordem em Gaza.

Cerca de 1,9 milhão de deslocados em Gaza enfrentam falta de água potável, saneamento e alimentos. A contínua escassez de combustível compromete operações de ajuda humanitária e serviços públicos. A OMS alertou sobre o aumento da vulnerabilidade a doenças devido à falta de acesso a alimentos e serviços básicos de saúde.

Dados de vítimas

Entre 8 e 11 de julho, 152 palestinos foram mortos e 392 ficaram feridos. Desde 7 de outubro, os conflitos resultaram em pelo menos 38.345 mortes e 88.295 feridos em Gaza, de acordo com autoridades locais de saúde.

*Com informações da ONU News.


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