Instituto Geográfico e Histórico da Bahia enfrenta crise após corte de recursos do Governo da Bahia

Fachada do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, localizado no Centro de Salvador. Entidade enfrenta dificuldades para preservar acervo após corte de recursos públicos oriundos da SECULT Bahia.
Fachada do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, localizado no Centro de Salvador. Entidade enfrenta dificuldades para preservar acervo após corte de recursos públicos oriundos da SECULT Bahia.

O Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), uma das instituições culturais mais antigas e relevantes do estado, enfrenta sérias dificuldades financeiras devido ao corte de recursos do Governo da Bahia. Em funcionamento contínuo há 130 anos, o IGHB está localizado no Centro de Salvador e abriga importantes acervos de jornais, mapas e pinturas que contam parte da história e cultura baiana. A entidade, que sempre foi gratuita e aberta ao público, tem reduzido suas atividades por falta de apoio governamental, notadamente, da Secretaria de Cultura da Bahia (SECULT Bahia). Explicou em nota encaminhada nesta quinta-feira (05/09/2023) ao Jornal Grande Bahia (JGB).

Desde maio de 2024, o Instituto não recebe os recursos financeiros do Governo do Estado, que anteriormente representavam 85% do custeio de suas atividades.

“O corte foi resultado de uma decisão da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), que excluiu o IGHB do Programa de Apoio às Ações Continuadas de Instituições Culturais, vinculado ao Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). Segundo a Secult, o Instituto estaria em desarmonia com a política cultural do Estado, razão pela qual foi rebaixado à condição de suplente no programa de apoio”, declara.

“O IGHB, que ao longo de mais de um século de atividades tem sido responsável pela preservação de parte significativa da memória do estado, como a maior coleção de jornais, mapas e pinturas da Bahia, agora enfrenta um cenário incerto. A diretoria do Instituto já enviou correspondências ao Governador da Bahia, solicitando a revisão da decisão da Secult e a reativação dos repasses financeiros, mas até o momento não obteve retorno”, afirma a entidade em nota.

O impacto da redução de atividades no IGHB pode ter repercussões profundas na preservação do patrimônio cultural baiano. Além da conservação dos acervos, o Instituto promove regularmente atividades culturais e educativas, que agora correm o risco de serem interrompidas. A entidade lembra que a Lei Estadual nº 6575, de 30 de março de 1994, prevê que o Estado da Bahia deve financiar suas atividades, o que reforça a legitimidade do pleito do Instituto.

Sem uma solução financeira urgente, o IGHB poderá ser forçado a suspender suas atividades, comprometendo a continuidade de sua missão de salvaguardar a memória e a história da Bahia. O Instituto, que já enfrentou dificuldades ao longo de sua trajetória, mantém a esperança de que o Governo revise a decisão e restabeleça os recursos necessários para sua manutenção.


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