Mulheres agricultoras de Presidente Tancredo Neves ampliam renda com programas de aquisição de alimentos

A agricultura familiar tem se mostrado uma ferramenta de transformação para as mulheres da Associação dos Pequenos Agricultores da Comunidade do Riacho do Caboclo (Asparc), situada no município de Presidente Tancredo Neves, no Baixo Sul da Bahia. Com a implantação de quintais produtivos, iniciativa promovida pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), trinta famílias locais passaram a cultivar uma diversidade de produtos. Esses produtos são essenciais tanto para o consumo das famílias quanto para a geração de renda, possibilitada pela comercialização para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

As variedades cultivadas incluem alimentos frescos e livres de agrotóxicos, como banana, laranja, abóbora, chuchu, coco, abacaxi, mamão, coentro, cebola, alface e couve. Esses produtos integram a alimentação mensal de 80 famílias em situação de vulnerabilidade social atendidas pelo PAA, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As entregas são realizadas para a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), que as distribui em parceria com a Igreja Batista, Pastoral da Criança, Associação das Artesãs e Doceiras de Moenda e Instituto IDEA.

A presidente da Asparc, Ednalva Lima, destacou os avanços trazidos pela nova realidade produtiva da comunidade. “Antes, íamos comprar hortaliças e outros produtos na cidade e, hoje, eu produzo os alimentos, distribuo com meus filhos e vendo para o PAA e o PNAE”, afirmou Lima. Sua declaração evidencia não apenas a autonomia adquirida pelas mulheres agricultoras, mas também a importância da agricultura familiar para o fortalecimento da segurança alimentar nas comunidades locais.

A agricultora Valdelice Maria de Jesus expressou sua satisfação em relação ao impacto gerado pela construção dos quintais produtivos. “Os quintais foram de grande valia para nós, porque além de estarmos consumindo e produzindo produtos de qualidade, também tiramos uma renda extra, vendendo para o PAA e PNAE. Atualmente, consigo tirar de 500 a 600 reais, por mês, com a venda dos produtos, e isso faz diferença na nossa vida”, afirmou Valdelice. Seu relato demonstra como a atividade agrícola pode contribuir para a melhoria das condições econômicas e sociais das famílias envolvidas.

O sucesso das iniciativas em Presidente Tancredo Neves representa um dos exemplos concretos das ações da CAR, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). A atuação da Companhia visa garantir a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e promover a geração de renda para as famílias agricultoras. Essas ações contribuem para a produção sustentável e saudável de alimentos e ajudam no combate à fome no estado da Bahia.