As Nações Unidas e outras entidades humanitárias emitiram um alerta nesta sexta-feira (22/01/2024) sobre o agravamento da crise humanitária no Líbano e na Síria, destacando a necessidade urgente de um cessar-fogo para conter os impactos da escalada de violência na região. O conflito, marcado por ataques a instalações civis e incursões terrestres, resultou em mais de 3,5 mil mortes, 15 mil feridos e o deslocamento de 1,3 milhão de pessoas no Líbano.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) apelou à comunidade internacional por assistência financeira e logística para atender às vítimas do conflito. Além disso, cerca de 560 mil pessoas buscaram refúgio na Síria, enfrentando condições extremas em travessias a pé, com relatos de crianças, idosos e pessoas com deficiência entre os deslocados.
Conflito e Insegurança Alimentar
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) ressaltou que o impacto da violência no Líbano está diretamente relacionado ao aumento da fome catastrófica na região. Em Gaza, 91% da população enfrenta insegurança alimentar aguda, sendo 16% em condições extremas. Este quadro se agrava com a destruição de infraestruturas críticas, como hospitais, que têm enfrentado ataques sistemáticos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde outubro de 2023, 230 profissionais de saúde morreram durante ataques a instalações médicas no Líbano. Tais atos violam o direito internacional humanitário, que protege tanto civis quanto serviços essenciais em zonas de conflito.
Resposta Humanitária e Desafios
Agências internacionais, incluindo a Cruz Vermelha, destacaram a necessidade de acesso seguro para equipes humanitárias. A OMS distribuiu medicamentos e insumos para mais de mil abrigos coletivos, além de apoiar centros de saúde e bancos de sangue em regiões afetadas. No entanto, 10% dos hospitais no Líbano interromperam ou reduziram suas operações devido à insegurança.
O conflito também afetou diretamente os trabalhadores humanitários. Relatórios indicam que voluntários da Cruz Vermelha sofreram ferimentos e 14 veículos da organização foram danificados. A proteção dos profissionais no Líbano e em Gaza foi apontada como uma prioridade para assegurar a continuidade da assistência às populações vulneráveis.
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