Quase metade da população da Bahia vive abaixo da linha de pobreza, revela IBGE em dados de 2023

Salvador teve uma redução mais expressiva da extrema pobreza. Em 2023, 185 mil pessoas eram extremamente pobres (6,3% da população), 42,9% a menos do que em 2022 (menos 124 mil pessoas). Assim, passou a ter o 3º maior número absoluto e a 5ª maior proporção de extremamente pobres, entre as capitais (ocupava o 2º lugar em ambos os indicadores, em 2022).
Em 2023, pobreza e extrema pobreza recuaram a seus menores patamares na Bahia, mas ainda atingiam 46,0% e 8,8% da população, respectivamente.

Em 2023, a Bahia registrou os menores índices de pobreza e extrema pobreza dos últimos 12 anos, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), em 2012. O estado alcançou uma redução de 8,8% no total de pessoas pobres em relação a 2022, com 668 mil indivíduos saindo dessa condição, totalizando 6,922 milhões de pessoas. Apesar disso, a Bahia se manteve como o segundo estado com maior número absoluto de pessoas pobres, atrás apenas de São Paulo.

A extrema pobreza também apresentou uma queda expressiva de 26% em comparação ao ano anterior, com 467 mil pessoas saindo dessa situação. O total de extremamente pobres caiu para 1,325 milhão, o menor número registrado no estado desde 2014.

Comparativo Nacional: Bahia em Destaque Negativo

Mesmo com os avanços, a Bahia permaneceu em posição de destaque nos rankings nacionais. Em números absolutos, o estado liderou no contingente de pessoas em extrema pobreza e ocupou o segundo lugar em pobreza monetária. Em termos proporcionais, ficou em 7º lugar nos dois indicadores.

No Brasil, 27,4% da população estava abaixo da linha de pobreza em 2023, contra 46% na Bahia. Em relação à extrema pobreza, o índice nacional foi de 4,4%, enquanto o baiano atingiu 8,8%.

Impacto Regional: As Capitais e os Estratos Geográficos

Salvador, capital da Bahia, também refletiu os desafios estaduais. Apesar de registrar queda de 6,4% no número de pessoas pobres, 1,006 milhão de habitantes ainda viviam nessa condição, o que corresponde a 34,4% da população local. Isso fez com que Salvador se tornasse a segunda capital brasileira com maior número absoluto de pessoas pobres, superada apenas por São Paulo.

Por outro lado, os estratos geográficos do Vale do Rio São Francisco e Oeste da Bahia apresentaram as maiores proporções de pobreza e extrema pobreza no estado, com índices de até 56,8% e 13,8%, respectivamente.

Critérios e Metodologia: Linha de Pobreza e Extrema Pobreza

Os indicadores de pobreza e extrema pobreza seguem critérios do Banco Mundial. Para países de renda média-alta, como o Brasil, considera-se pobre a pessoa cuja renda domiciliar per capita diária é inferior a US$ 6,85 (R$ 667 mensais na Bahia). A extrema pobreza é definida por rendas abaixo de US$ 2,15 por dia (R$ 210 mensais).

Números Gerais da Bahia:

  • Pobreza (2023): 46% da população (6,922 milhões).
  • Extrema Pobreza (2023): 8,8% da população (1,325 milhão).
  • Redução de 8,8% na pobreza e 26% na extrema pobreza frente a 2022.

Comparativo Nacional:

  • 2º maior número absoluto de pobres no Brasil, atrás de São Paulo.
  • 7ª maior proporção de pobres e 6ª de extremamente pobres entre os estados.

Capital Salvador:

  • Pobreza: 1,006 milhão de pessoas (34,4%).
  • Extrema Pobreza: 185 mil pessoas (6,3%).
  • 2ª capital com maior número absoluto de pobres e 5ª em extrema pobreza.

Estratos Geográficos da Bahia:

  • Vale do Rio São Francisco: 56,8% na pobreza, 13,8% na extrema pobreza.
  • Oeste da Bahia: 54,4% na pobreza, 12,3% na extrema pobreza.

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