Feira de Santana, conhecida como a Princesa do Sertão, tem suas raízes históricas marcadas pela passagem de vaqueiros e boiadas que utilizavam o município como ponto de parada. Para celebrar e preservar essa parte fundamental da história local, foi instalado o Monumento do Vaqueiro no canteiro central da Rua Olímpio Vital, um prolongamento da Avenida Getúlio Vargas. A escultura, que homenageia a figura do vaqueiro e sua presença no Sertão, constitui uma representação visual da cultura que moldou a cidade ao longo dos anos.
A obra foi idealizada e criada pelo arquiteto Danilo Freitas, que usou aço contorcido para dar vida à escultura. A dinâmica do monumento é ressaltada pela sua capacidade de aparentar movimento a partir de diferentes ângulos de observação, conferindo-lhe um aspecto de vivacidade. O arquiteto optou por essa técnica para que a escultura dialogasse de maneira direta com a história que ela busca representar, simbolizando a força e o movimento dos vaqueiros no contexto sertanejo.
Jairo Carneiro Filho, secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana, destaca o significado da obra para a cidade, afirmando que o monumento é uma representação da identidade cultural do município. Para ele, a escultura resgata uma tradição histórica da cidade e reforça o vínculo com suas origens.
“Esse é um momento especial. A história do município desde o início possui a passagem de boiadas e vaqueiros que tinham nossa cidade como ponto de parada”, disse o secretário.
O processo de construção do monumento exigiu um planejamento técnico detalhado. A Superintendência de Operações e Manutenção (SOMA) foi responsável pela instalação de uma base de granito capaz de suportar o peso da escultura, estimado em cerca de 500 kg. Além disso, o piso em pedra portuguesa foi substituído por um piso intertravado, adequado para a nova estrutura. O material utilizado na construção da escultura foi o aço patinável, também conhecido como corten, que é resistente à corrosão e garante maior durabilidade à obra. Outros materiais como telha de zincalume e chapas finas foram empregados nos detalhes da escultura.
A conclusão da obra levou quase trinta dias e foi realizada por etapas. Primeiramente, a estrutura do cavalo foi montada, fornecendo a base para o restante da escultura. Na sequência, os arreios foram colocados, e por último, a figura do vaqueiro foi finalizada. Além da versão em tamanho real, um protótipo em miniatura da obra foi doado por Danilo Freitas ao Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo, perpetuando a memória cultural e artística da cidade.
O Monumento do Vaqueiro, com dimensões de dois metros de altura por três metros e meio de comprimento, tornou-se um marco visual de Feira de Santana. Sua instalação não apenas valoriza a cultura local, mas também serve como um lembrete do passado e da importância da preservação das tradições para as futuras gerações.
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