Situação de equipamentos culturais e tecnológicos em Feira de Santana é detalhada pelo presidente da Funtitec; Antônio Carlos Coelho identifica deterioração da infraestrutura 

Antônio Carlos Coelho, presidente da Funtitec, destacou os desafios e as medidas necessárias para recuperar equipamentos culturais e tecnológicos municipais.
Antônio Carlos Coelho, presidente da Funtitec, destacou os desafios e as medidas necessárias para recuperar equipamentos culturais e tecnológicos municipais.

Na tarde desta sexta-feira (03/01/2024), em coletiva à imprensa, Antônio Carlos Coelho, presidente da Fundação Municipal de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (Funtitec), expôs a situação crítica dos equipamentos culturais e tecnológicos sob a gestão da autarquia. A reunião abordou problemas estruturais e operacionais, além das iniciativas em andamento para recuperar espaços essenciais à cultura e inovação tecnológica em Feira de Santana.

Contexto Histórico e Expansão das Atribuições da Fundação

Antônio Carlos Coelho ressaltou que a Funtitec, criada como Fundação Egberto Costa pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho há 19 anos, tinha inicialmente o foco exclusivo em ações culturais. Com a implementação do projeto Feira Digital, que oferecia internet gratuita à população, a fundação passou a abranger também áreas de tecnologia da informação e telecomunicações.

“O Feira Digital foi um marco para a cidade, mas a falta de manutenção e a ausência de uma empresa especializada causaram a deterioração do sistema. Hoje, a rede é limitada a 19 quilômetros, atendendo apenas à Prefeitura. Antes, 98% dos distritos eram beneficiados, auxiliando moradores da zona rural em locais com sinal de celular precário”, explicou Coelho.

Projetos Culturais e Infraestrutura Degradada

Outro tema discutido foi a interrupção do projeto Arte de Viver, que oferecia oficinas culturais a cerca de 6 mil alunos até 2019. Atividades como dança, cultura afro e ballet não foram retomadas, afetando diretamente a oferta cultural no município.

O Teatro Margarida Ribeiro, interditado devido a problemas estruturais, é outro exemplo das dificuldades enfrentadas.

“O local apresentava riscos de incêndio na iluminação cênica e sanitários inutilizáveis. Já estamos providenciando as reformas necessárias, sob supervisão do superintendente de obras João Vianey”, disse Coelho.

Situação do Museu Parque do Saber

No Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo, as perdas financeiras e patrimoniais foram significativas. Segundo Coelho, a interrupção da manutenção dos equipamentos causou um prejuízo estimado em quase R$ 5 milhões. Três projetores do Planetário, adquiridos de uma indústria alemã há 20 anos, foram inutilizados por falta de reparos regulares.

O sistema de climatização do museu também enfrenta problemas graves.

“A central de ar condicionado está fora de operação. Compramos um compressor para evitar danos à cúpula do museu, que exige climatização constante, enquanto buscamos soluções definitivas”, relatou o presidente.

Medidas em Curso para Recuperação

Apesar das dificuldades, Coelho enfatizou os esforços da gestão municipal em reverter a situação.

“A aquisição de novos equipamentos e a execução de obras emergenciais são prioridades para assegurar que Feira de Santana mantenha seu papel como polo cultural e tecnológico”, afirmou.


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