Cantor Carlos Pitta morre aos 69 anos; Prefeito José Ronaldo emite nota de pesar; Conheça trajetória do artista de Feira de Santana

No dia 7 de janeiro de 2025, o falecimento de Carlos Pitta, aos 69 anos, foi noticiado com pesar. Ele estava internado no Hospital Roberto Santos, em Salvador, devido a complicações relacionadas ao diabetes. O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, lamentou a perda do artista, destacando sua contribuição à música baiana e à cultura nacional.
O cantor e compositor Carlos Pitta, reconhecido por sua contribuição à música popular brasileira e baiana, faleceu nesta terça-feira (07/01/2025), aos 69 anos.

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, manifestou pesar pelo falecimento do cantor e compositor Carlos Pitta, ocorrido na tarde desta terça-feira (07/01/2025). O artista, de 69 anos, estava internado no Hospital Roberto Santos, em Salvador, onde enfrentava complicações decorrentes da diabetes. Reconhecido como uma das vozes mais marcantes da música baiana, Pitta construiu uma carreira que atravessou décadas e influenciou gerações.

O prefeito José Ronaldo destacou a relevância cultural de Carlos Pitta e seu impacto na cena musical baiana e brasileira.

“A morte de Carlos Pitta representa uma grande perda para a música e para a nossa cidade. Ele foi um grande artista que deixou um legado imensurável. Seus álbuns, suas composições e suas apresentações ficarão para sempre na memória do nosso povo”, afirmou o prefeito.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento do artista.

Manifestações de pesar na ALBA e em outros âmbitos

O presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes, e os deputados Fabíola Mansur (PSB) e Robinson Almeida (PT) apresentaram moções de pesar destacando a relevância de Carlos Pitta para a música e a cultura da Bahia. Nessas moções, foram ressaltadas não apenas suas contribuições artísticas, mas também sua postura como uma pessoa cordial e discreta. Outras lideranças, como o governador Jerônimo Rodrigues e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, também se solidarizaram com familiares e amigos.

A luta contra o diabetes e a surpresa com sua partida

Embora enfrentasse o agravamento do diabetes, Carlos Pitta mantinha sua condição de saúde sob discrição, compartilhando os desafios apenas com familiares e amigos próximos. Sua morte durante o recesso legislativo gerou surpresa e comoção entre parlamentares e funcionários da ALBA, que recordaram sua presença marcante nos eventos e debates culturais.

Reflexões sobre seu legado

A perda de Carlos Pitta foi lamentada como uma lacuna no campo da produção musical autêntica e na área de pesquisa cultural. Seu trabalho para preservar as tradições do Nordeste e sua dedicação à cultura popular deixaram marcas duradouras. Parlamentares, artistas e admiradores destacaram seu papel como um dos principais representantes da cultura baiana e nordestina.

Carlos Pitta: Trajetória Musical e Legado Cultural

Carlos Pitta, cantor e compositor natural de Feira de Santana, Bahia, construiu uma carreira de mais de quatro décadas na Música Popular Brasileira (MPB), com destaque para o forró e outros ritmos regionais. Seu trabalho foi marcado pela promoção da cultura nordestina, tanto no Brasil quanto no exterior, e por uma abordagem criativa que mesclava tradições locais com influências globais.

Desde cedo, Pitta demonstrou inclinação para a música, influenciado por artistas como Luiz Gonzaga e Raul Seixas, bem como por bandas internacionais e compositores clássicos. Sua formação acadêmica incluiu estudos de Composição e Regência na Universidade Federal da Bahia. Durante esse período, sustentou-se ministrando aulas de violão.

A estreia profissional de Pitta ocorreu em 1979 com o álbum Águas do São Francisco – Lendas, lançado pelo selo Chantecler. Ao longo da carreira, ele lançou mais de 15 discos, incluindo álbuns como Brisa (1984), A Lenda do Pássaro que Roubou o Fogo (1986) e Feliz (1988), que apresentaram ao público sucessos como “Cometa Mambembe”. Suas músicas foram interpretadas por renomados artistas, como Elba Ramalho e Alcione, além de terem integrado trilhas sonoras de filmes.

No cenário internacional, Pitta apresentou-se em países como Suíça, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Bélgica. Sua participação no Montreux Jazz Festival foi um marco, culminando na inclusão da faixa “Forró no Mangue Beat” no CD Montreux Jazz Off. Além de cantor e compositor, Pitta destacou-se como produtor musical, colaborando com artistas como Elomar e Walter Smetak.

Um dos projetos de maior relevância cultural promovidos por Pitta foi o “Bando Anunciador”, inspirado em antigas bandas de sopro e percussão que celebravam as festas de Nossa Senhora Santana em Feira de Santana. Essa iniciativa reafirmou o compromisso do artista com a preservação da memória cultural de sua região.

Apesar de residir em Salvador, Carlos Pitta manteve laços estreitos com sua cidade natal. Em composições como “Todos os Caminhos Levam a Feira de Santana”, ele homenageou a cidade, que também foi palco de suas reflexões sobre desenvolvimento urbano e futuro.

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