Disputa entre Jaques Wagner e Geddel Vieira Lima tem repercussão na revista Veja

No box de título: Guerrilha Virtual, o texto aborda a disputa pelo governo da Bahia, travada entre Jaques Wagner (Governador/PT) e Geddel Vieira Lima (Ministro da Integração Nacional/PMDB). Aliados na eleição de 2006.
No box de título: Guerrilha Virtual, o texto aborda a disputa pelo governo da Bahia, travada entre Jaques Wagner (Governador/PT) e Geddel Vieira Lima (Ministro da Integração Nacional/PMDB). Aliados na eleição de 2006.

A Revista Veja, de circulação nacional, adota uma postura de fobia ao pensamento de esquerda e sempre que pode, desenvolve suas matérias com um nítido intuito de diminuir o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula. No que pode ser considerado, um péssimo exemplo de jornalismo.

Afinal de contas, deve o jornalista desenvolver um texto crítico, no intuito de desnudar a verdade, expor intencionalidade, aclarar um determinado tema ou fato social. Mas, não é isto que verificamos ao ler a prestigiosa revista. Exemplo disto é a matéria intitulada: A reconstrução da ministra. Com subtítulo: O governo e os marqueteiros moldam o novo perfil de Dilma Rousseff  a ser apresentado aos eleitores: mineira, simpática, afável, de discurso simples e antenada com temas ambientais.

Não é preciso dizer mais nada, os títulos falam qual a intencionalidade da revista, que, obviamente não é o de desnudar a verdade. Mas, o de guiar os leitores no claro intuito de depreciar a Ministra Rousseff. Um fato curioso, é que tendo sede em São Paulo, a Veja não costuma produzir matérias sobre erros da gestão do governador José Serra (PSDB). Ou vocês acreditam que ele acerta o tempo todo? Bom, para a revista e seus editores e jornalistas, sim.

Wagner x Geddel

Nesta mesma matéria, no box de título: Guerrilha Virtual, o texto aborda a disputa pelo governo da Bahia, travada entre Jaques Wagner (Governador/PT) e Geddel Vieira Lima (Ministro da Integração Nacional/PMDB).  Aliados na eleição de 2006, ambos possuem o mesmo DNA, o governo do presidente Lula. E disputarão em palanques distintos o governo do estado. Em comum, ambos querem Lula em seus palanques.

Abaixo, texto extraído da revista de Veja de 27 de outubro de 2009:

As eleições de 2010 contarão com um campo de batalha novo que pode tanto ajudar a esclarecer como confundir os eleitores e acirrar ainda mais a disputa entre os candidatos: a guerrilha virtual. Na Bahia, um vídeo de cerca de dois minutos azedou de vez as relações pouco amistosas entre o governador Jaques Wagner e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, prováveis adversários na disputa estadual do ano que vem. Intitulado Quero Morar na Propaganda do Governo da Bahia, o filme se transformou em hit na internet. Postado há apenas duas semanas, já foi visto por mais de 40 000 pessoas. É uma bem-humorada e aparentemente ingênua crítica à propaganda oficial do governo da Bahia. “Quero morar na propaganda do governo da Bahia / Lá é tudo maravilha / Tão diferente do que vejo no meu dia a dia”, repete o refrão de um samba, enquanto imagens supostamente reais do dia a dia se contrapõem à versão edulcorada da propaganda oficial exibida na televisão. O vídeo foi postado anonimamente, impedindo que seus autores possam ser identificados e punidos, eventualmente, por antecipar a disputa eleitoral.

Apesar de o vídeo ter sido identificado como obra de um tal Aparício Monteiro, que o colocou no site YouTube, o governo baiano enxergou na peça as impressões digitais de Geddel Vieira Lima, que disputará a eleição para o governo no ano que vem contra Jaques Wagner. O ministro, que integra o governo do presidente Lula, rompeu com Wagner recentemente de olho em sua cadeira de governador. “Infelizmente, não fui eu que fiz. Mas concordo com todo o seu conteúdo”, diz. O publicitário baiano Maurício Carvalho, a quem os petistas atribuem o vídeo, é amigo de Geddel. Sua agência, a Ideia3, trabalha para a prefeitura de Salvador, na qual o ministro tem forte influência. “Infelizmente, não fui eu que fiz. Mas até gostaria de dizer que fui eu, já que o vídeo é um sucesso”, afirma o publicitário. Apesar das negativas, o ministro e o publicitário baianos estão sendo festejados nos meios políticos e publicitários pelo pioneirismo da estratégia eleitoral na internet com a qual eles, “infelizmente”, não têm nenhuma relação.


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