O estilista Giorgio Armani, um dos nomes mais influentes da moda mundial, morreu nesta quinta-feira (04/09/2025), aos 91 anos, em Milão. Considerado o símbolo do minimalismo italiano, Armani construiu uma carreira marcada por criações de linhas puras, cores sóbrias e uma visão empresarial que manteve sua grife independente por mais de 50 anos.
Trajetória e estilo
Nascido em Piacenza, Armani iniciou sua carreira na moda após trabalhar como vitrinista e estilista na década de 1960. Em 1973, fundou sua própria empresa ao lado do arquiteto Sergio Galeotti. Seu trabalho se destacou pela desconstrução do blazer, pela substituição de ombreiras e forros rígidos por tecidos leves e pela adaptação de cortes masculinos para a moda feminina.
A virada internacional
O reconhecimento global veio com o filme “Gigolô Americano” (1980), no qual o ator Richard Gere usou ternos assinados pelo estilista. Dois anos depois, Armani se tornou um dos poucos criadores de moda a estampar a capa da revista Time. Sua abordagem unissex e funcional foi vista como um marco na transformação da moda profissional e casual nos anos 1980.
Expansão do império Armani
Ao longo de cinco décadas, Giorgio Armani construiu um grupo empresarial com mais de 10 marcas, incluindo Emporio Armani, Armani Exchange e Armani Casa. Além da moda, sua empresa expandiu para perfumes, óculos, hotéis e restaurantes, consolidando uma presença em setores como decoração e hospitalidade.
Parcerias estratégicas
O estilista também firmou colaborações com a L’Oréal, para produção de fragrâncias, e com a Essilor Luxottica, responsável pela linha de óculos. Essas iniciativas garantiram sustentação financeira e permitiram que a marca permanecesse independente dos grandes conglomerados de luxo.
Relação com a arte e o cinema
Armani manteve relação próxima com o cinema, desenhando figurinos para produções internacionais e criando o Armani/Teatro, projetado por Tadao Ando, como espaço cultural e de desfiles. Ele também colaborou com a ópera, produziu documentários e foi presença constante em eventos de arte.
Estilo pessoal e assinatura estética
Reconhecido por seu uniforme de camiseta escura e aparência atlética, Armani personificava o próprio conceito de minimalismo. Seu tom de cor “grège”, mistura de cinza e bege, tornou-se uma marca registrada de suas coleções.
Sucessão e futuro da marca
Sem filhos, Armani deixou claro nos últimos anos que sua sucessão seria coletiva, envolvendo sobrinhas, sobrinhos e colaboradores históricos, como Leo Dell’Orco, diretor criativo do estilo masculino desde 1977. Em entrevista recente, afirmou que queria uma transição orgânica, sem ruptura.
Cerimônia de despedida
De acordo com nota oficial da empresa, uma cerimônia será realizada no sábado (06/09/2025) no Armani/Teatro, em Milão, aberta para visitação de amigos e admiradores até o domingo (07/09/2025). O funeral será privado, conforme desejo expresso do estilista.
*Com informações da RFI.
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