A reativação da Hidrovia do Rio São Francisco foi apresentada nesta terça-feira (09/09/2025) pelo diretor de gestão administrativa e financeira da Autoridade Portuária da Bahia (CODEBA), Leandro Gaudenzi, durante o congresso internacional Smart Rivers 2025, realizado em Memphis, nos Estados Unidos. O projeto prevê integração logística com ferrovias e portos, além da expectativa de movimentar até R$ 5 milhões em cargas no primeiro ano de operação.
As etapas de reativação incluem estudos técnicos, requalificação de trechos estratégicos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e a conexão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) ao sistema hidroviário. O objetivo é consolidar um corredor logístico intermodal, ligando Juazeiro, Jequié e Bom Jesus da Lapa ao Porto de Aratu, ampliando a capacidade de escoamento de grãos, minérios e cargas gerais.
A projeção inicial é que a hidrovia movimente até R$ 5 milhões em cargas no primeiro ano, com potencial de crescimento à medida que a integração ferroviária e portuária seja ampliada. O projeto é visto como estratégico para reduzir custos logísticos, aumentar a competitividade e favorecer o desenvolvimento regional no interior do Nordeste.
Integração entre modais
O plano prevê a requalificação do trecho Juazeiro–Aratu da FCA, além da construção de conexões da FIOL em Bom Jesus da Lapa (Cariacá) e da ligação entre Jequié e o Porto de Aratu. Essa rede integrada busca transformar o Rio São Francisco em eixo fundamental da logística nacional, conectando o interior da Bahia ao mercado externo.
Especialistas ressaltam que a hidrovia pode se tornar elemento-chave no transporte sustentável, reduzindo a dependência do modal rodoviário, responsável por altos custos e impactos ambientais.
O congresso Smart Rivers 2025
O Smart Rivers 2025, patrocinado pela PIANC (Associação Mundial para Infraestrutura de Transporte Aquaviário), reúne profissionais e pesquisadores de diversos países para debater soluções inovadoras para o transporte hidroviário interior. A CODEBA, que é associada à PIANC, destacou no evento o papel da hidrovia na promoção de segurança logística, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.
Durante os seis dias do congresso, especialistas compartilham avaliações técnicas, experiências internacionais e estratégias de longo prazo para fortalecer sistemas hidroviários. O foco recai na construção de soluções que conciliem eficiência logística e preservação ambiental.
Passo estratégico
O projeto de reativação da Hidrovia do Rio São Francisco representa um passo estratégico para a logística nacional, mas levanta desafios importantes. O cronograma depende de altos investimentos em infraestrutura ferroviária e de uma política coordenada entre União, Estado e iniciativa privada. Além disso, a sustentabilidade da operação exige atenção à gestão hídrica e aos impactos socioambientais na bacia do São Francisco, que enfrenta crises periódicas de estiagem.
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