Na quinta-feira (11/09/2025), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não permitirá a criação de um Estado palestino durante cerimônia em Maalé Adumim, colônia israelense a leste de Jerusalém. No evento, transmitido ao vivo pelo gabinete do premiê, Netanyahu anunciou ainda um projeto de expansão populacional, com a construção de 3.400 novas unidades habitacionais na área E1, entre Jerusalém e Maalé Adumim.
Projeto de colonização e contexto histórico
O plano de construção havia sido suspenso por pressão internacional, mas foi retomado com apoio do ministro das Finanças Bezalel Smotrich, figura da extrema-direita que defende a anexação da Cisjordânia. O projeto visa dobrar a população de Maalé Adumim e representa avanço significativo na colonização da Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. Atualmente, cerca de três milhões de palestinos vivem na região, enquanto aproximadamente 500 mil colonos israelenses residem em assentamentos considerados ilegais pelo direito internacional.
Reações internacionais
O plano gerou reação imediata da comunidade internacional. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a iniciativa ameaça a viabilidade de um Estado palestino contíguo e constitui uma “ameaça existencial” à solução de dois Estados. A Autoridade Palestina classificou o projeto como mais um passo na “anexação progressiva” da Cisjordânia.
Escalada diplomática e medidas de reconhecimento
Diante da intensificação da colonização, países como França, Austrália, Canadá e Bélgica anunciaram que pretendem reconhecer oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU, que segue até o fim de setembro. O Reino Unido sinalizou apoio condicionado a um cessar-fogo em Gaza e compromissos concretos de Israel.
Posicionamento israelense e riscos de conflito
Ministros israelenses de extrema-direita continuam a defender a anexação total da Cisjordânia, aumentando a tensão diplomática. Analistas internacionais alertam para risco de novos confrontos na região, especialmente após a guerra em Gaza, iniciada pelo ataque do Hamas em 7/10/2023, que intensificou a segurança militar e política em território palestino.
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