Operação Primus: Governador Jerônimo ressalta eficiência da Polícia da Bahia e resultados no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro

A Operação Primus desarticulou uma ampla rede de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis na Bahia e em outros estados, com nove prisões confirmadas, 12 veículos apreendidos e bloqueio judicial de R$ 6,5 bilhões em bens. O governador Jerônimo Rodrigues elogiou a eficiência da Polícia Civil e o uso da inteligência policial. As investigações prosseguem, com novos desdobramentos esperados.
Governador Jerônimo Rodrigues destaca a eficiência da Polícia Civil ao realizar a Operação Primus, que desarticulou uma rede de lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis na Bahia, com bloqueio judicial de R$ 6,5 bilhões e nove prisões.

O governador Jerônimo Rodrigues destacou, nesta quinta-feira (16/10/2025), a eficácia das forças de segurança estaduais na Operação Primus, considerada uma das maiores ações já realizadas na Bahia contra o crime organizado, a lavagem de dinheiro e a adulteração de combustíveis. A ofensiva mobilizou dezenas de agentes da Polícia Civil, resultando em prisões, apreensões e bloqueios judiciais bilionários.

“Estamos desmontando as ações financeiras do crime organizado e enfraquecendo as suas estruturas. Mostramos a capacidade da Polícia da Bahia em buscar informações por meio da inteligência, com profissionais capacitados e equipamentos adquiridos por investimentos do Governo do Estado. A Bahia não dará espaço ao crime organizado”, afirmou Jerônimo Rodrigues.

Operação simultânea em três estados e oito municípios baianos

Coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), a operação foi deflagrada simultaneamente em Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas, Morro do Chapéu, Conceição de Feira, entre outras cidades, com desdobramentos também no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Foram expedidos 12 mandados de prisão, dos quais nove foram cumpridos, além da apreensão de armas de fogo, munições, veículos de luxo e equipamentos utilizados pela organização criminosa, que atuava em pelo menos três estados brasileiros.

Rede sofisticada de lavagem e bloqueio judicial de R$ 6,5 bilhões

De acordo com o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, as investigações duraram cerca de um ano e meio e revelaram uma estrutura complexa de lavagem de capitais, originada em um esquema de adulteração de combustíveis.

“Foram 74 medidas cumpridas, sendo 62 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão. O balanço parcial aponta nove pessoas presas, 12 veículos apreendidos e autorização judicial para bloqueio e sequestro de mais de R$ 6,5 bilhões em bens. Essa operação começou com a investigação de combustíveis e chegou a uma rede complexa de lavagem de capitais”, explicou Werner.

O secretário também ressaltou a cooperação entre as polícias estaduais e o Governo Federal, que foi decisiva para o rastreamento financeiro e o cumprimento das medidas judiciais.

Prisões e continuidade das investigações

Entre os presos, está o principal articulador do esquema, localizado em um hotel no município de Lençóis. Outras prisões ocorreram em Feira de Santana, Conceição de Feira, São Paulo e Rio de Janeiro. Estima-se que cerca de 200 postos de combustíveis estejam sob investigação por possível envolvimento no esquema criminoso.

A Operação Primus continua em andamento, com novas diligências e a busca ativa pelos foragidos. Uma coletiva de imprensa está marcada para esta sexta-feira (17), às 11h30, na Sala Bahia pela Paz, no Centro de Operações e Inteligência (COI), localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Participarão o secretário Marcelo Werner, o delegado-geral André Viana, o diretor do Draco, Fábio Lordello, a delegada Haline Peixinho e demais integrantes da força-tarefa.

Cooperação interestadual e federal

A Operação Primus representa um avanço institucional importante no enfrentamento ao crime econômico e à corrupção estrutural na Bahia, sobretudo em um setor sensível como o de combustíveis, historicamente vulnerável a práticas ilícitas de adulteração e sonegação. O volume de bens bloqueados — R$ 6,5 bilhões — evidencia a dimensão financeira da organização criminosa e reforça a necessidade de cooperação interestadual e federal para rastrear fluxos ilegais. Contudo, a consolidação dos resultados dependerá do andamento das ações judiciais, do efetivo confisco dos ativos e da continuidade das investigações sobre possíveis vínculos empresariais e políticos.

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