O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) atua em regime contínuo para recuperar o trecho da BR-116 entre Araci e Tucano, no nordeste baiano, após o rompimento da pista provocado pelo volume intenso de chuvas na região. A intervenção se concentra no km 296, onde o carreamento de sedimentos obstruiu o bueiro e levou ao colapso do aterro, interrompendo parcialmente a trafegabilidade.
Desde o início da ocorrência, equipes técnicas da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) acompanham todas as etapas dos trabalhos emergenciais. O DNIT já concluiu a desobstrução do bueiro e avança na recomposição do aterro com pedra rachão, material indicado para garantir estabilidade estrutural em áreas afetadas por erosão. O monitoramento é mantido em tempo integral devido ao risco de novos deslizamentos.
A previsão do órgão federal é liberar parcialmente a rodovia ainda nesta sexta-feira (21/11/2025 ). A normalização completa do fluxo está programada para até segunda-feira (24), caso as condições climáticas permaneçam estáveis. Durante todo o período de intervenção, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) mantém o controle do tráfego e auxilia na organização dos desvios temporários.
Rotas alternativas e impactos no tráfego
Motoristas que transitam pela região contam com rotas alternativas indicadas pelos órgãos rodoviários. Uma das opções é o desvio pela BA-233, passando por Serrinha, Biritinga, Nova Soure e Ribeira do Pombal até a BR-110. Outra alternativa é seguir pela BA-084, também por Biritinga, com acesso a Nova Soure, BR-110 e posteriormente BR-410 até Tucano.
As rotas emergenciais são fundamentais para reduzir o acúmulo de veículos no trecho interditado e garantir segurança aos condutores enquanto a equipe técnica finaliza a recuperação estrutural da rodovia.
Avanço das obras e expectativa de normalização
Nas últimas horas, as equipes aceleraram a aplicação de pedra rachão para recompor o aterro. Esse tipo de intervenção é comum em trechos onde a infiltração de água compromete a base da pista, exigindo a retirada de material instável e a reconstrução da fundação.
A conclusão dos serviços emergenciais permitirá a liberação parcial, mas a recomposição definitiva deve ocorrer nos dias seguintes, respeitando as etapas de compactação e drenagem necessárias para evitar novos danos.
O episódio ocorre em uma das principais rodovias do país, responsável por escoar produção agropecuária e garantir o fluxo entre Nordeste e Sudeste. Por isso, o restabelecimento rápido da BR-116 é tratado como prioridade pelos órgãos envolvidos.
Infraestrutura, resposta emergencial e riscos recorrentes
A recuperação imediata da BR-116 evidencia a dependência estrutural do Brasil de suas rodovias, especialmente na Bahia, onde a BR-116 funciona como eixo logístico vital para cargas e deslocamentos regionais. A atuação rápida do DNIT e da Seinfra mostra uma coordenação técnica eficiente, mas expõe fragilidades recorrentes na drenagem, no planejamento preventivo e na manutenção de trechos suscetíveis a erosões.
Eventos extremos provocados por chuvas intensas têm se tornado mais frequentes, ampliando a necessidade de intervenções estruturais permanentes, e não apenas emergenciais. A recomposição com pedra rachão é adequada para estabilização imediata, mas a durabilidade do trecho dependerá de obras complementares de drenagem e reforço da pista.
O caso reforça o debate sobre a modernização da infraestrutura rodoviária nacional, que ainda opera com sistemas de drenagem vulneráveis, especialmente em regiões com histórico de alagamentos e solos instáveis. A BR-116, pela sua importância econômica, demanda projetos de engenharia de maior fôlego para reduzir ocorrências semelhantes no futuro.
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