Governo Jerônimo amplia rede de policlínicas da Bahia e consolida liderança nacional na redução do tempo de espera por consultas especializadas no SUS

Expansão das policlínicas consolida a Bahia como referência nacional no atendimento especializado do SUS.
Policlínica Regional de Saúde em funcionamento no interior da Bahia. Estado alcança a segunda menor fila do país para consultas especializadas, segundo o Ministério da Saúde.

 

A Bahia se destaca nacionalmente na redução do tempo de espera por consultas especializadas no SUS, resultado da expansão das policlínicas regionais. O estado registra média de 12,5 dias de espera, segundo menor índice do Brasil, bem abaixo da média nacional de 57 dias, conforme dados oficiais do Ministério da Saúde. A rede atualmente conta com 26 unidades em pleno funcionamento, três em construção e outras quatro autorizadas no PAC Seleções 2025.

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) atribui esses resultados à estratégia de descentralização e regionalização do atendimento, aproximando serviços de média e alta complexidade da população e reduzindo deslocamentos para grandes centros urbanos. As novas policlínicas previstas para Camaçari, Remanso e Itapetinga devem ser entregues em 2026, reforçando ainda mais a cobertura estadual.

A secretária da Saúde, Roberta Santana, enfatiza que o modelo é sustentado por cooperação federativa. Segundo ela, o investimento conjunto entre Estado, União e municípios fortalece a capacidade assistencial e a equidade de acesso.

“Estamos avançando ainda mais nesse modelo que tem transformado o atendimento especializado na Bahia. Com apoio do Novo PAC, iniciaremos em breve as obras em Ipirá, Seabra, Ibotirama e Feira de Santana”, afirmou. O conjunto das obras soma R$ 168 milhões em novos investimentos.

Cobertura ampla e resultados concretos

Desde a implantação do programa, mais de 8,7 milhões de atendimentos já foram realizados. As policlínicas oferecem consultas em especialidades como cardiologia, ortopedia, endocrinologia, neurologia, além de exames avançados como tomografias e ressonâncias magnéticas.

A malha instalada contempla 416 municípios baianos, com unidades distribuídas de forma estratégica: Alagoinhas, Barreiras, Brumado, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Valença, Vitória da Conquista e São Francisco do Conde, além das policlínicas de Escada e Narandiba, em Salvador.

A ampliação da oferta de exames e consultas também contribui para desafogar hospitais, reduzir filas e melhorar a eficiência do sistema.

Investimento robusto e fortalecimento da gestão

O Governo da Bahia já destinou mais de R$ 1,4 bilhão à política de policlínicas, incluindo construção, aquisição de equipamentos e custeio. Para acelerar atendimentos, o Estado aplicou R$ 12,4 milhões em ações extras — como serviços aos fins de semana.

Do Governo Federal, a Bahia recebeu R$ 100 milhões para o programa Agora Tem Especialistas, que fortalece a oferta de profissionais e consolidará a redução do tempo de espera ao longo de 2026.

Além das policlínicas, a gestão estadual segue apoiando a atenção básica por meio de convênios com municípios para reformas, ampliações e entrega de equipamentos às Unidades Básicas de Saúde (UBS), em integração direta com a rede regionalizada.

Resultados mensuráveis e sustentáveis

A política de regionalização implementada pela Bahia apresenta resultados mensuráveis e sustentáveis, sobretudo em relação ao tempo de espera para consultas. A redução significativa do período médio — de 57 dias no cenário nacional para 12,5 dias no estado — indica eficiência na gestão e capacidade organizacional. Todavia, permanece o desafio de garantir qualidade homogênea entre as unidades e ampliar o atendimento às especialidades mais disputadas, como oftalmologia e ortopedia.

A interiorização dos serviços diminui a dependência das capitais e corrige distorções históricas na oferta de saúde. Contudo, o modelo exige sustentação financeira contínua para custeio, manutenção e reposição tecnológica. No médio prazo, o desempenho das policlínicas dependerá do equilíbrio entre investimentos federais e estaduais, bem como da capacidade dos municípios em manter fluxo assistencial.

A expansão aproxima a Bahia de um padrão ideal de assistência regionalizada e se mostra relevante em um país onde o acesso ao especialista ainda é um gargalo estrutural do SUS. Consolidar o avanço requer acompanhamento de indicadores, transparência na execução orçamentária e avaliação constante de desempenho.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.