O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou na quinta-feira (11/12/2025) que pode deixar o cargo para se dedicar à campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, conforme entrevista ao jornal O Globo. Haddad afirmou que não pretende se candidatar, mas deseja contribuir com o programa de governo e a estrutura da campanha. O presidente Lula, segundo ele, apoiou a iniciativa.
Haddad destacou que o presidente respondeu de forma amistosa: “Haddad, você vai colaborar da maneira que você preferir. E qualquer decisão que você tome eu vou respeitar. Mas vamos conversar”, relatou o ministro. Ele reforçou que seu objetivo é fortalecer a estratégia política e programática da pré-campanha.
O ministro abordou ainda os desafios do Executivo frente ao Congresso Nacional, ressaltando que o travamento de pautas prejudica a produtividade e compromete a governabilidade. Segundo Haddad, é necessário delimitar competências e restabelecer a divisão de poderes para garantir maior eficiência administrativa.
Relações institucionais e desafios legislativos
Haddad afirmou manter bom relacionamento com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, apesar de divergências pontuais. Ele explicou que, mesmo em períodos de desentendimento, a comunicação é restabelecida rapidamente e os problemas são superados, garantindo continuidade das atividades legislativas.
O ministro destacou casos de desacordo, como na indicação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Haddad afirmou que a nomeação é prerrogativa do presidente e deve seguir processo de sabatina no Senado, evitando politização das cortes superiores.
Haddad também comentou sobre o Banco Central e a taxa Selic, defendendo sua opinião técnica sobre a política monetária. Ele citou a atuação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacando medidas implementadas para conter crises herdadas da gestão anterior, incluindo problemas no Banco Master e nas fintechs.
Planejamento e contribuição política
O ministro reforçou que sua intenção ao se desligar do cargo seria concentrar esforços na campanha de Lula, contribuindo na elaboração de propostas e na articulação política, sem participar como candidato. Haddad enfatizou que o foco é organizar a pré-campanha e fortalecer o programa de governo.
Ele apontou que, mesmo dentro do Ministério da Fazenda, mantém diálogo técnico com outras instituições, como o Banco Central, e defende que opiniões sobre a economia são compatíveis com a função ministerial, quando fundamentadas em dados e experiência profissional.
A movimentação de Haddad evidencia a estratégia do governo para pré-eleição presidencial, ao mesmo tempo em que busca manter estabilidade e governabilidade no Executivo durante o ciclo eleitoral.
*Com informações da Sputnik News.
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