Com participação expressiva da Bahia e apoio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), teve início neste sábado (13/12/2025) o maior mutirão nacional de cirurgias do Sistema Único de Saúde (SUS), iniciativa do Ministério da Saúde dentro do programa Agora Tem Especialistas. A mobilização ocorre em todo o país e segue até domingo (14), com foco na ampliação do acesso a procedimentos especializados e na redução de filas.
No território baiano, o mutirão mobiliza 12 unidades de saúde, sendo 10 filantrópicas e dois hospitais universitários, com expectativa de mais de mil cirurgias e 2,5 mil procedimentos ao longo do fim de semana. A estratégia prioriza a descentralização dos serviços, alcançando diferentes regiões do estado.
Estão contemplados os municípios de Feira de Santana, Jequié, Capim Grosso, Catu, Salvador, Campo Formoso, Ubaitaba, Itapetinga, Cruz das Almas e Ruy Barbosa, ampliando a capilaridade da rede e a oferta de atendimentos especializados para a população.
Acompanhamento técnico e integração institucional
Em Salvador, o subsecretário da Saúde do Estado, Paulo Barbosa, acompanhou o início das atividades com visita ao Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) e à Maternidade Climério de Oliveira (MCO), unidades que aderiram ao mutirão nacional.
Durante a agenda, Barbosa ressaltou o caráter cooperativo da ação. Segundo ele, a integração entre Governo do Estado, Governo Federal, municípios e entidades filantrópicas fortalece a rede de saúde, amplia a capacidade assistencial e contribui para reduzir as filas de cirurgias, garantindo maior efetividade ao atendimento dos baianos.
Rede SUS ampliada e participação filantrópica
O mutirão integra um esforço nacional inédito para ampliar o acesso a cirurgias e atendimentos especializados no SUS. Participam Santas Casas e entidades filantrópicas, além de hospitais universitários da Rede Ebserh e institutos federais vinculados ao Ministério da Saúde, reforçando a articulação federativa e a utilização de diferentes capacidades instaladas.
Em âmbito nacional, a previsão é a realização de 11,5 mil cirurgias, dentro de um total de 61,6 mil procedimentos ofertados simultaneamente nos 26 estados e no Distrito Federal, consolidando a maior operação do gênero já executada pelo sistema público de saúde.
Capacidade, coordenação e impacto no acesso
A dimensão do mutirão evidencia ganhos de escala e coordenação no SUS, ao articular redes estaduais, municipais, filantrópicas e universitárias em uma janela concentrada de atendimento. A estratégia tende a produzir impacto imediato na redução de filas, sobretudo em regiões com maior demanda reprimida.
O desafio estrutural permanece na sustentabilidade pós-mutirão. Para que os resultados se mantenham, é essencial consolidar financiamento contínuo, gestão de agendas e integração de regulação, evitando que a demanda volte a se acumular. A experiência oferece insumos para aprimorar modelos permanentes de ampliação de acesso.
Há, ainda, espaço para maior transparência de indicadores — como tempos médios de espera por especialidade e taxa de resolutividade —, o que permitiria avaliar com precisão o efeito do esforço concentrado e orientar políticas duradouras de atenção especializada.
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