As obras do Trecho 1 do VLT de Salvador, que liga a Estação da Calçada à Ilha de São João, alcançaram 50% de execução, enquanto os trens avançam para a fase de operação assistida, etapa técnica que antecede o início da operação comercial. O andamento foi monitorado pelo secretário da Casa Civil, Afonso Florence, e pelo presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Eracy Lafuente, durante agenda oficial do Governo do Estado.
O marco de 50% de execução no Trecho 1 consolida um estágio relevante na implantação do novo sistema de mobilidade urbana da capital baiana. A vistoria técnica integra o acompanhamento periódico do Governo do Estado, com foco em prazos, qualidade construtiva e impactos urbanos no entorno do traçado.
Durante a agenda, foram verificados serviços da via permanente, frentes de drenagem, requalificação urbana nas áreas adjacentes e a construção de estações e estruturas operacionais. A coordenação está a cargo da CTB, em parceria com consórcios executores, sob monitoramento contínuo da administração estadual.
Para o secretário Afonso Florence, o VLT extrapola o escopo estritamente infraestrutural. Segundo ele, trata-se de um projeto estruturante capaz de reorganizar a mobilidade da Cidade Baixa, reduzir tempos de deslocamento e impulsionar o desenvolvimento social e econômico da região, com reflexos diretos na qualidade do transporte urbano e na qualidade de vida da população.
Operação assistida: testes e ajustes antes da operação comercial
Paralelamente ao avanço das obras civis, os trens do VLT iniciam a operação assistida, fase dedicada a testes técnicos, validações de sistemas, ajustes operacionais e procedimentos de segurança. Essa etapa é fundamental para assegurar desempenho, confiabilidade e integração dos subsistemas antes do atendimento ao público.
No Trecho 1, a operação assistida permite aferir o comportamento do material rodante, a sinalização, a energia, as comunicações e os protocolos de operação. O objetivo é antecipar correções e garantir que a futura operação comercial atenda aos padrões exigidos para um sistema de transporte de média capacidade.
Escala e impacto metropolitano do projeto
O presidente da CTB, Eracy Lafuente, destacou o caráter técnico e planejado da execução e a envergadura do empreendimento. De acordo com ele, o VLT configura-se como a maior obra de mobilidade em andamento no país, com impacto que ultrapassa o transporte, alcançando o desenvolvimento territorial e a integração metropolitana.
Lafuente ressaltou que o sistema está concebido para conectar áreas estratégicas da cidade e articular a Região Metropolitana, reforçando a função estruturante do VLT no ordenamento urbano e na dinâmica econômica ao longo do traçado.
Sobre o VLT de Salvador
Quando concluído, o VLT de Salvador terá 43,31 quilômetros de extensão, distribuídos em três trechos, promovendo a integração do Subúrbio Ferroviário com outras áreas da capital e com a Região Metropolitana. O investimento total previsto é de R$ 5,4 bilhões, posicionando o projeto entre os maiores empreendimentos de mobilidade urbana em execução no Brasil.
Além da função de transporte, o VLT é apontado como vetor de desenvolvimento econômico e social, com geração de empregos, estímulo à economia local e valorização urbana nas áreas atendidas, associada a intervenções de requalificação do espaço público.
Mobilidade, execução e expectativas
O avanço para 50% no Trecho 1 e a entrada na operação assistida indicam maturidade técnica do projeto, mas também ampliam as expectativas públicas quanto a prazos, custos e efetiva entrega do serviço. Em obras dessa escala, a transição entre fases construtivas e operacionais costuma ser decisiva para o cronograma final.
Do ponto de vista institucional, o acompanhamento direto da Casa Civil e da CTB sinaliza prioridade governamental. Ainda assim, permanecem desafios recorrentes em grandes projetos urbanos: coordenação interinstitucional, mitigação de impactos no entorno, comunicação com a população afetada e transparência sobre etapas e prazos.
No plano econômico e social, o VLT tende a produzir efeitos positivos no médio e longo prazos, especialmente na Cidade Baixa e no Subúrbio Ferroviário. A efetividade desses ganhos dependerá da integração tarifária, da confiabilidade operacional e da capacidade de o sistema induzir requalificação urbana sustentável, evitando distorções e exclusões ao longo do traçado.
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