Secretário de Comunicação da Bahia e presidentes da FENAJ e SINJORBA discutem o papel do jornalismo na defesa da democracia

Robinson Almeida, Secretário de Comunicação da Bahia, e Sérgio Murillo, presidente da FENAJ, discutem os desafios do jornalismo no Brasil, com destaque para a necessidade do diploma e a criação de um conselho de comunicação.
Secretário de Comunicação da Bahia, Robinson Almeida, e presidente da FENAJ, Sérgio Murillo, participam de debate promovido pelo Sinjorba no Hotel Pestana, em Salvador, sobre os desafios do jornalismo e a defesa da democracia no Brasil pós-Confecom.

Um debate sobre os rumos da comunicação no Brasil, realizado na noite de quarta-feira (07/04/2010), reuniu representantes de entidades jornalísticas e autoridades no Hotel Pestana, em Salvador. O evento, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), com apoio do Governo da Bahia e da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), teve como tema central “A Comunicação pós 1ª Confecom”.

Estiveram presentes o secretário de Comunicação do Estado da Bahia, Robinson Almeida, e o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo, que conduziram palestras voltadas aos desafios enfrentados pelo jornalismo brasileiro, com foco na valorização profissional, regulamentação do exercício da atividade e defesa do diploma como exigência legal.

Exigência do diploma e regulação profissional são centrais no debate

Durante sua exposição, Robinson Almeida, que também é chefe da Assessoria Geral de Comunicação do Estado (Agecom), ressaltou a importância da preservação do livre acesso à informação e da qualidade do conteúdo jornalístico como instrumentos fundamentais para a democracia.

Entre os principais pontos abordados pelo secretário, destacou-se a defesa da exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão e a criação de um Conselho de Comunicação, proposta aprovada na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em março de 2010.

“A regulamentação é fundamental para proteger o interesse público e garantir uma comunicação ética e responsável”, afirmou Robinson Almeida.

FENAJ critica precarização e alerta para impactos da desregulamentação

Sérgio Murillo, presidente da FENAJ, aprofundou a análise ao expor os impactos negativos da decisão do STF, que em 2009 eliminou a exigência do diploma para jornalistas. Segundo Murillo, a medida gerou desequilíbrio nas negociações salariais, precarização do trabalho e fechamento de cursos de jornalismo, comprometendo a formação técnica e humanística dos profissionais da área.

“A ausência de regulamentação fragiliza a profissão e compromete a qualidade do jornalismo que chega à população”, destacou Murillo.

Ele defendeu a aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que tramitam no Congresso Nacional com o objetivo de restabelecer o diploma como critério obrigatório para o exercício da profissão de jornalista.

Sinjorba mobiliza a categoria para pressionar o Congresso

Moacy Neves, diretor do Sinjorba, reforçou que a luta pela valorização da profissão é uma das pautas prioritárias da entidade. Ele convocou os jornalistas baianos a se engajarem na campanha nacional coordenada pela FENAJ, ressaltando que o 7 de abrilDia do Jornalista — foi escolhido como data simbólica para intensificar a mobilização nacional em defesa das PECs do diploma.

A presidente do Sinjorba, Kardelícia Mourão Lopes, mediou o debate, que também contou com a participação de outras lideranças como Edmundo Filho (Agecom), Marjorie Moura (primeira vice-presidente do Sinjorba) e Carlos Augusto Oliveira da Silva, delegado do Sinjorba junto a FENAJ e diretor do Jornal Grande Bahia.

Presença de jornalistas experientes fortalece o debate

A expressiva presença de profissionais reconhecidos no meio jornalístico, como Levi Vasconcelos e Lilia Campos, conferiu credibilidade e representatividade ao evento. O debate evidenciou a preocupação coletiva da categoria com os rumos do jornalismo brasileiro, especialmente diante dos riscos impostos pela fragilização legal da profissão e pela pressão de grupos econômicos sobre o conteúdo informativo.

Valorização profissional e a regulamentação

O debate promovido em Salvador reforçou o entendimento de que a valorização profissional e a regulamentação do jornalismo são pilares para uma comunicação democrática e plural. A defesa do diploma e a criação de mecanismos institucionais de regulação continuam sendo pautas prioritárias das entidades representativas da categoria, que buscam respaldo legal e político para assegurar a qualidade da informação no país.

Confira imagens do evento

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