Dossiê Pandora Papers (Papéis de Pandora)

O “Pandora Papers” (Papéis de Pandora) é um dossiê jornalístico de grande escala, divulgado em outubro de 2021, que expôs práticas de ocultação de patrimônio e evasão fiscal de indivíduos e empresas ao redor do mundo. Compilado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), com a colaboração de mais de 600 jornalistas em quase 150 meios de comunicação em 117 países, o dossiê revelou um conjunto massivo de documentos confidenciais — mais de 11,9 milhões de arquivos de empresas de advocacia e prestadoras de serviços offshore. Esses documentos detalharam como políticos, empresários, celebridades e outras figuras públicas utilizaram paraísos fiscais e estruturas societárias complexas para ocultar ativos, proteger riqueza e, em muitos casos, reduzir ou evitar o pagamento de impostos.

O Pandora Papers revelou o funcionamento de um sistema financeiro global que facilita a transferência e proteção de recursos por meio de contas em paraísos fiscais, sociedades anônimas e holdings, permitindo aos beneficiários manterem seus patrimônios sob sigilo. As estruturas offshore, usadas legalmente em várias situações, foram, segundo a investigação, frequentemente manipuladas para esconder fluxos financeiros, ocultar conflitos de interesse e fugir de regulações fiscais e judiciais. Entre os nomes envolvidos estavam chefes de Estado, ministros, celebridades e magnatas de vários setores, evidenciando a amplitude e sofisticação dessas práticas. Líderes como o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e o rei Abdullah II da Jordânia, além de grandes empresários brasileiros, foram mencionados no dossiê, levantando questionamentos sobre ética, transparência e responsabilidade fiscal.

O impacto dos Pandora Papers foi profundo, gerando reações políticas e judiciais ao redor do mundo, com alguns governos anunciando investigações e revisões de políticas fiscais para aumentar a transparência financeira. O dossiê também trouxe à tona o papel dos chamados “facilitadores” — advogados, contadores e consultores financeiros que estruturam e mantêm essas redes de offshore. Em última análise, os Pandora Papers revelaram como o sistema financeiro global favorece a concentração de riqueza e oferece brechas que permitem que elites econômicas e políticas mantenham grandes somas de capital fora do alcance de autoridades fiscais e de normas de governança, perpetuando, assim, desigualdades econômicas e sociais em escala mundial.

Participação de executivos da Odebrecht em possível esquema de corrupção vai à julgamento no Panamá.
Brasil

Panamá vai julgar 36 pessoas por suborno; Caso envolve Odebrecht

Em 2016, a Odebrecht se declarou culpada em um tribunal dos Estados Unidos pela distribuição de mais de US$ 788 milhões em subornos a autoridades governamentais, funcionários públicos e partidos políticos, principalmente na América Latina.

Possuir empresas offshore e conduzir transações financeiras por meio de paraísos fiscais é perfeitamente legal em muitos países, mas a prática é encarada cada vez mais como problemática. Entenda. Há anos, trabalha-se a nível político para deter ou pelo menos descobrir fluxos financeiros ilegais.
Manchete

Dossiê Pandora Papers: Qual é o problema com empresas offshore?

Cinco anos após a revelação dos Panama Papers, em que informações internas do escritório de advocacia e consultoria Mossack Fonseca, no Panamá, expuseram empresas offshore de centenas de milhares de pessoas, um novo vazamento de

O grupo de jornalistas investigativos ICIJ publicou neste domingo (03/10/2021) um novo relatório sobre o suposto envolvimento de vários líderes mundiais e outras personalidades de alto perfil em esquemas ligados a paraísos fiscais. O dossiê foi denominado de 'Pandora Papers’ (Papéis de Pandora). As informações esclarecem como ocorre o uso de paraísos fiscais por políticos e empresários para escapar de impostos e ocultar riqueza. Os ministros Paulo Guedes e Roberto Campos Neto, e líderes da Jordânia e Azerbaijão são citados.
Manchete

Dossiê Pandora Papers: Como poderosos escondem riqueza e evitam pagar tributos

Milhões de documentos vazados de escritórios administradores de offshores jogaram luz sobre os segredos financeiros de políticos – incluindo líderes mundiais -, ministros, empresários e celebridades que usam paraísos fiscais para movimentar secretamente grandes somas

Dossiê Pandora Papers revela riquezas ocultas em paraísos offshore de líderes mundiais e de bilionários executivos.
Manchete

Dossiê Pandora Papers revela riquezas ocultas em paraísos offshore de líderes mundiais e bilionários executivos; Ministros do Governo Bolsonaro são citados; Oposição representa denúncia ao MPF

O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) apresentou neste domingo (03/10/2021) o dossiê ‘Pandora Papers (Papéis de Pandora) como a “exposição mais extensa de sigilo financeiro até hoje”, apontando que a

Sigmundur Davíð Gunnlaugsson foi o primeiro-ministro da Islândia entre maio de 2013 e abril de 2018, quando renunciou ao cargo após ter o nome envolvido no escândalo Panama Papers.
Reportagem Especial

Panama Papers leva a queda do primeiro-ministro da Islândia

Com em pano de fundo a demissão do primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, as revelações sobre o novo escândalo da finança internacional, denominado Panama Papers”, esboçam gradualmente os contornos da fraude fiscal no mundo,

Jurgen Mossack e Ramón Fonseca criaram a empresa Mossack Fonseca na cidade do Panamá em 1977. A Empresa, com sede no Panamá, opera em o Malta, Holanda, Suíça, Luxemburgo, Chipre, Bahamas e Ilhas Virgens.
Brasil

PF indicia funcionários da Mossack Fonseca e dona de triplex em Guarujá

A Polícia Federal indiciou sete investigados na Operação Triplo X, um dos desdobramentos da Lava Jato. Entre os acusados estão funcionários da Mossack Fonseca, empresa panamenha especialista na gestão de offshores, e a publicitária Nelci

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.