Entrevista com Luiz Carlos Barreto, produtor do filme ‘Lula, O Filho do Brasil’.
Qual foi sua primeira reação?
Não só aceitei no ato como entrei no processo de peito aberto. Sabia que seria um filme de alto risco, que exigiu muita coragem de todos os envolvidos, mas conseguimos manter a motivação inicial: contar a história não conhecida do Presidente Lula com base no livro da Denise Paraná. Para mim, contar essa história era também a possibilidade de fazer um filme sobre o povo brasileiro. Conheço bem o Brasil, aliás, acho que conheço o Brasil inteiro. Também já viajei muito pelo exterior, e sei que o brasileiro tem peculiaridades únicas: ele é teimoso, corajoso, tenaz, solidário, lutador, generoso. O filme foi também a oportunidade de falar de um povo injustamente criticado por muita gente. E havia uma razão pessoal: meu pai, como Lula, é um nordestino que veio para o Sudeste e venceu. De certa forma, este filme é também a história da vida dele.
Como você define Lula, o Filho do Brasil?
Como um filme sobre um homem comum, um brasileiro que sai do nada, e chega ao cargo mais importante do país. É também um filme sobre a relação entre este homem e sua mãe, uma mulher simples, analfabeta, que lutou para criar oito filhos e preservar a família unida – e conseguiu. Esta família, por sua vez, faz parte do maior movimento migratório interno do mundo, que levou 35 milhões de nordestinos a deixarem suas terras em busca de uma vida melhor. O percurso de Lula começa no sertão, vai para Santos nos anos 50 e chega à periferia de São Paulo nos anos 60, quando se consolida a criação do maior parque industrial da América Latina. Em meados dos anos 70, Lula passa a atuar no sindicato do ABC. O resto é História.
O filme termina em 1980, com a morte de Dona Lindu, antes da criação do PT. Por que não falar da atuação política de Lula?
Porque todo mundo conhece a vida política de Lula, mas poucos conhecem sua vida pessoal – e era esse o nosso foco e o nosso interesse. A trajetória do Lula é marcada por muitas datas emblemáticas – nasceu no final da Segunda Guerra, a família abandona o pai em 1954, data da morte de Getúlio, ele perde o dedo em 64, ano do golpe militar, e o pai morre quando se decreta anistia. Em 80 ele inicia a carreira política. Continuar a história seria jogar o filme na política, com a fundação do PT, uma história que todo mundo sabe. Lula é um personagem fantástico, sobretudo pela extrema capacidade de superação. Sua vida foi marcada por dois fatos cruciais: a ausência e depois o confronto com um pai violento, que achava que “pobre não devia estudar, mas trabalhar”, e depois, a morte da primeira esposa no parto, juntamente com o filho. Esta perda provocou uma catarse na vida de Lula, que aprofundou seu engajamento no movimento sindical, desandou a falar e não parou mais, descobriu uma liderança que não conhecia, e que mudou a sua vida e a vida do país. O principal motor de sua trajetória foi a atuação sindical, onde aquele homem barbudo comandou, com palavras, um exército de operários.
Qual o maior desafio de fazer um filme que narra a história do Presidente da República?
A margem de erro era grande, pois o filme fala de fatos e pessoas reais que existem e que têm notoriedade. É difícil e foi preciso muita coragem para fazer esse filme. Desde o início, eu sabia que minha maior limitação seria o medo, a insegurança. Fui destemido, mas contei com uma ótima equipe, em todas as etapas, com um elenco excelente e uma produção impecável. Durante a preparação, li um discurso do Lula em que ele dizia: “acredite em vocês que vocês vão chegar aonde quiserem”, palavras que adotei como lema durante as filmagens. Se um diretor consegue vencer a insegurança, enfrenta qualquer coisa. Ninguém filma em São Paulo impunemente, ainda mais no ABC, certamente o lugar em que mais chove e cai raio do mundo (risos). A única pessoa que me faria filmar em São Paulo seria Lula.
Lula é interpretado por Rui Ricardo Diaz, estreando no cinema. Você queria um rosto desconhecido para interpretar um personagem super-conhecido?
Não necessariamente. Pensamos em João Miguel, que apesar de muito elogiado, não é tão conhecido, que estava com problemas de agenda. Pensamos em Wagner Moura, que estava fazendo Hamlet. Dificilmente um ator consagrado aceitaria o desafio – se desse errado, ficaria marcado para sempre. Optamos por Tay Lopez, que não era muito conhecido (fez o pastor em Última Parada 174) e sua saída, por motivos de saúde, a dois meses do início das filmagens, foi um baque. Rui Ricardo fez um teste para o papel de enfermeiro e quando vi, mandei chamá-lo imediatamente. Em nosso primeiro encontro, falamos pouco, mas fui muito claro e disse: “Não quero imitação, não quero caricatura, quero pegada”. Seu teste foi fazer um discurso sentado sozinho no meio do estúdio. Ele foi valente – não se intimidou. Levou o papel. Apesar de ser um estreante em cinema, Rui Ricardo revelou uma grande força, uma aura impressionante. Hoje estou certo de que tudo aconteceu da forma certa e na hora certa: digo que Rui foi um enviado de Deus e de Dona Lindu – duvido que algum ator se saísse melhor.
Você diz que não queria uma imitação de Lula. Como foi a preparação de Rui Ricardo para o papel?
Um ator não pode se submeter ao personagem – ele deve interpretar, representar, com a superação e as limitações que isso implica. Não queria uma imitação. Conheço as caricaturas de Lula – do gestual à língua presa. O importante era a pegada emocional, o carisma, a força, a intensidade de suas relações, a começar pela mãe.
E como foi a interação, a química entre um estreante e Glória Pires, uma atriz experiente como Dona Lindu, e com quem você já havia trabalhado em Índia, a Filha do Sol e O Quatrilho?
Essa química passou por questões muito interessantes. Em uma ponta estava um estreante que tinha pela frente um personagem que é um mito, com um mar de referências, conhecido por todos e que faria qualquer ator tremer. Na outra ponta, estava uma atriz experiente que iria interpretar uma personagem sobre a qual quase não havia referência visual. Glória construiu Dona Lindu do nada, a partir de conversas com filhos, amigos e parentes. Nesta construção, uma fonte importante foi Marinete, a filha mais velha com quem fez uma gravação de 50 minutos através do skype, pois estava em Paris, e à qual ficava assistindo como se fosse uma aula. Glória conversou uma vez com Lula, participou de um almoço de família, assim como Rui Ricardo. A Glória é muito econômica, tem um aspecto mediúnico, parece muito forte, mas na verdade lida muito com a fragilidade. Ela tem um lado muito espiritualizado e generoso. Apesar das diferenças de estrada, a química e a relação entre os dois foi excelente, e muito ajudada pela orientação de Sergio Penna.
Pela primeira vez você trabalhou com um preparador de elenco?
Em A Paixão de Jacobina, trabalhei com uma preparadora alemã e Dora Pelegrino, mas agora acho que todo diretor deveria ter um diretor de elenco e mais: este diretor deve ser o Sergio Penna, mesmo que o filme tenha apenas dois atores em um apartamento. Um diretor lida com muitas áreas, demandas e problemas, e certamente não dispõe do tempo que um elenco precisa. Todas as orientações dadas aos atores foram estabelecidas comigo, em um trabalho de grande cumplicidade.
Você começou as filmagens pelo Nordeste, na região em que Lula nasceu. Como foi a experiência?
Muito rica, mas muito trabalhosa, sobretudo com o elenco infantil e adolescente. Fizemos questão de filmar o mais próximo possível dos lugares em que as coisas aconteceram, e de um modo geral, tudo continua muito parecido, mesmo 45 anos depois. E ocorreram fatos muito curiosos. Na região, todo mundo conhece a história daquela família, e há várias famílias como aquela. As pessoas se aproximavam, contavam casos, queriam colaborar de alguma forma até porque todo mundo quer ver aquela história no cinema. As pessoas largavam tudo para participar, embarcavam como se fosse a própria vida delas. É o mesmo processo que acontece com o espectador quando entra no cinema e quer se ver, se identificar, se emocionar.
Como diretor, você se sentiu tolhido em sua liberdade de criação ao abordar a trajetória de um personagem tão conhecido?
Em qualquer filme, problemas de produção podem limitar a chamada liberdade criativa. Neste filme, com uma produção de porte, existiu todo um trabalho prévio que evitou deixar cair bombas do tipo “não tem isso”, “não pode aquilo”, que também cerceiam o diretor. Felizmente, nada disso aconteceu. Por outro lado, a base do filme é o livro, fundamentado em fatos reais, mas não posso garantir que esses tenham acontecido exatamente da maneira que estão na tela. Neste sentido, o filme é todo uma recriação. Apesar desta sólida base real, trabalhei com a maior liberdade, acompanhei o roteiro de perto, escrito pelo meu genro Daniel que desenvolveu a estrutura com Denise Paraná, autora do livro. Na fase final chamamos Fernando Bonassi, que teve experiência de operário e cresceu no ABC e que deu contribuições essenciais, sobretudo na última parte do filme, que aborda o movimento sindical.
O que Lula, o Filho do Brasil representa na sua trajetória? Você fez filmes bem diversificados, em várias regiões do Brasil.
Quando faço um filme quero que ele me transforme, me modifique, me faça crescer. Fiz principalmente filmes de época e em regiões de atividade agropastoril. Comecei com Índia, a Filha do Sol (filmado no Araguaia, Goiás), uma estréia maravilhosa. Depois veio O Rei do Rio, meu único filme urbano, que eu pretendia que fosse o meu D. Flor e tomei o maior pau. Passei dez anos em crise, fiz Luzia Homem (no sertão do Canindé, Ceará) e TV até chegar a O Quatrilho (interior do Rio Grande do Sul) e me deslumbrei: agora é Hollywood, o topo da colina. Não foi bem assim. Seguiu-se uma nova crise de dez anos – que incluiu Bela Donna (litoral do Ceará), A paixão de Jacobina, Nossa Senhora de Caravaggio (novamente no Rio Grande do Sul), a série para TV Desperate Housewives. Fui salvo por Lula. Independentemente do que acontecer, o filme já me tirou da última crise. Crise é igual a crescimento, mas não quero outra – o processo de fazer Lula já foi salvador, fiz o filme com extremo prazer.
Você esteve com o Presidente Lula antes das filmagens?
Estive com Lula uma vez, três dias antes do início das filmagens e levei o roteiro. A posição dele foi: não quero saber. Tive total carta branca. Ele tem pudor, e adotou uma postura de não interferir – enquanto muita gente achava que aconteceria o contrário. Ele gosta de conversar, contar histórias e vai assistir ao filme pela primeira vez sozinho, uma forma de se preparar para a exibição em público.
E você, está preparado para as cobranças?
Pois é, como em jogo de futebol, no caso do Lula, todos se transformam em técnicos, especialistas no assunto, de uma maneira ou outra. A história de Lula é muito mais cheia de incidentes do que está na tela, e muita coisa foi atenuada, como a violência do pai, ou a violência da avó, uma rendeira que expulsava os netos que iam pegar melancia em seu quintal a tiros. Sem falar que no velório da mulher e do filho, houve uma enchente, o piso cedeu e a casa desabou. A cena foi filmada, mas não colocamos. Se o filme fosse contar a história toda, ninguém agüentaria. Não tenho medo de cobranças. Sei que vou ter todas – não vai faltar nenhuma, a começar pela família, passando por questionamentos do filme ser lançado em ano eleitoral e atuar como peça de propaganda.
Mas o filme pode contribuir para a campanha eleitoral de 2010?
Lula não precisa do filme. Nós é que estamos tirando uma casquinha da popularidade do Presidente. Com seu índice de popularidade, ele não precisa do filme, mas o cinema brasileiro precisa de um filme com um personagem como Lula.
O filme vai contribuir para entender o Lula?
O filme não foi feito para entender o Lula – mas para as pessoas verem que mesmo nas piores condições é possível chegar aonde ele chegou. Ele é um migrante nordestino, um ex-operário, e o principal bem que fez ao país foi o aumento da auto-estima, como se dissesse o tempo todo “Se eu estou aqui, você também pode estar. Eu sou igual a você, nós somos iguais. Eu estou aqui porque eu teimei muito. Não fiquem aí reclamando da vida”.
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Luiz Carlos Barreto – Produtor
Nascido em Sobral, interior do Ceará, em 1928. Luiz Carlos Barreto é desde os anos 60 um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro. Antes de dedicar-se ao cinema, foi repórter fotográfico da revista O Cruzeiro. Como fotógrafo de cinema, assinou duas obras-primas – Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos) e Terra em Transe (Glauber Rocha). Incansável formulador de novas políticas para o cinema nacional, viabilizou mais de 80 filmes, abrangendo longas-metragens e documentários, entre os quais inúmeros marcos da cinematografia nacional, por meio da produtora L.C.Barreto, criada em 1962 e integrada pela mulher Lucy pelos filhos Paula, Fábio e Bruno e agora também pelos netos Helena e Julia.
Entre os muitos clássicos do catálogo da produtora, destacam-se Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto (recordista de bilheteria no país, com 12 milhões de espectadores); Bye-bye Brasil, de Carlos Diegues; Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos, e dois indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: O Quatrilho, de Fábio Barreto, e O Que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto.
A idéia de levar Lula, o Filho do Brasil às telas surgiu em 2002, quando leu o livro homônimo de Denise Paraná e ficou empolgado com a história de ‘um homem comum, sua família e a extraordinária capacidade de superar dificuldades”
Fábio Barreto – Diretor do filme: Lula, O Filho do Brasil
Antes de chegar à direção de um longa-metragem, Fábio Barreto acumulou vasta experiência em várias funções da atividade cinematográfica, entre elas, assistência de produção de Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), assistência de direção em Amor Bandido (1978) e produção de O Beijo no Asfalto (1980), filmes dirigidos pelo irmão Bruno.
Em 1982 dirigiu seu primeiro longa-metragem, Índia, a Filha do Sol, estrelado pela também estreante em cinema Glória Pires, baseado em romance de Bernardo Ellis. Seus filmes seguintes foram O Rei do Rio (inspirado em peça Dias Gomes), Luzia Homem (baseado em romance de Domingos Olímpio, estrelado por Cláudia Ohana). Em 1995, lançou O Quatrilho, um marco da retomada do cinema brasileiro dos anos 90 e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Baseado em romance de José Clemente Pozzenato, o filme retratava o início da colonização italiana no sul do Brasil e voltou a reunir o diretor e a atriz Glória Pires ao lado de Patrícia Pillar, Alexandre Paternost e Bruno Campos. Em seguida, Fábio realizou, no Ceará, Bela Donna, adaptação do romance Riacho Doce de José Lins Rego, e retornou ao Rio Grande para seus dois filmes seguintes – A Paixão de Jacobina e Nossa Senhora do Caravaggio. Assinou também a co-direção com Marcelo Santiago do documentário Grupo Corpo 30 anos – Uma Família Brasileira.
Professor de interpretação, Fábio também dirige para a TV. Entre seus últimos trabalhos está a produção de Sonhos e Desejos, estreia na direção de Marcelo Santiago e de O Homem que Desafiou o Diabo, com direção de Moacyr Góes. Para a TV, dirigiu a série Donas de Casas Desesperadas.
Filmografia:
Índia, a Filha do Sol (1982)
O Rei do Rio (1984)
Luzia Homem (1987)
O Quatrilho (1995)
Bela Donna (1998)
A Paixão de Jacobina (2002)
Nossa Senhora de Caravaggio (2007)
Lucy Barreto – Produtora
Mineira de Uberlândia, pianista clássica de formação, Lucy Barreto desenvolveu ao lado do marido Luiz Carlos Barreto, uma intensa carreira de produtora e co-produtora à frente da LC Barreto.
Além de participar ativamente das várias etapas da produção por mais de quatro décadas, Lucy Barreto vem se dedicando à dramaturgia, selecionando projetos e acompanhando a confecção dos roteiros. Acompanhou passo a passo o desenvolvimento do roteiro de Lula, o Filho do Brasil, no qual acentua a principal qualidade: “Contar a história de um brasileiro comum, um Silva, equivalente a um Smith nos Estados Unidos, a um Dupont na França”.
Outra vertente seguida nos últimos anos refere-se à realização de documentários. Em 2006, assinou a direção geral do elogiado Grupo Corpo 30 Anos – Uma Família Brasileira (com direção de Fábio Barreto e Marcelo Santiago), o primeiro de uma série de documentários sobre diferentes aspectos culturais da realidade brasileira em desenvolvimento.
Paula Barreto – Produtora
Formada em Comunicação Audiovisual, entrou em 1983 para a área de produção da LC Barreto & Filmes do Equador, onde desenvolveu uma formação diversificada: foi assistente de figurino de O Menino do Rio, de Antonio Calmon, assistente de montagem de Aventuras do Paraíba, de Marco Altberg, assistente de produção de O Rei do Rio, de Fábio Barreto. Na parte administrativa, voltou-se para questões do mercado interno e externo, com ênfase em contatos com distribuidores internacionais nos Estados Unidos e Europa.
Em 1990, afastou-se da empresa para dedicar-se à família e retornou em 1997. Desde então, assumiu a administração das empresas e o controle financeiro de vários projetos, entre eles Aventura do Zico, com direção de Antonio Carlos da Fontoura e Bossa Nova, de Bruno Barreto.
No final de 2001, produziu A Paixão de Jacobina, de Fábio Barreto, seguido de O Caminho das Nuvens (de Vicente Amorim), lançado em 2003, e O Casamento de Romeu E Julieta (de Bruno Barreto/2005), sua primeira produção solo. Em seguida vieram Caixa Doi$ (de Bruno Barreto/2007), O Homem que Desafiou o Diabo (direção de Moacyr Góes/2008) e Polaróides Urbanas, que marcou a estréia na direção cinematográfica de Miguel Falabella em 2008.
LC Barreto
A LC Barreto possui uma trajetória tão rica que até se pode afirmar que se confunde um pouco com a história do cinema no Brasil e América Latina. São mais de 80 produções e co-produções de curta e longa-metragem, realizadas dentro de rigorosos padrões técnicos e artísticos.
Esse rigor na busca de qualidade proporcionou diversos prêmios à empresa, além de abrir as portas do mercado internacional. Um grande exemplo e símbolo de tantas conquistas é o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, vistos por mais de 12 milhões de brasileiros e comercialmente em mais de 80 países do mundo inteiro.
Nessa época a LC Barreto fundava a Carnaval Filmes Inc. Com sede nos EUA, destinada à distribuição, o que concretizou a sua entrada no mercado norte-americano. Buscando voos cada vez mais altos, associou-se à New Yorker Films e à Winstar – Fox Lorber, Pandora, Miramax e Sony Classics para a distribuição internacional de Bye, Bye Brasil, O Quatrilho,O Que É Isso, Companheiro?,Bela Donna e Bossa Nova, consolidando sua presença no mercado internacional. E nosso catálogo, library, sempre comercializado internacionalmente.
A LC Barreto aplica sua reconhecida capacidade numa grande variedade de produções, como filmes publicitários; vídeos corporativos, institucionais, de treinamento e motivacionais; programas especiais para TV; documentários e videoclipes; trilhas sonoras, jingles e spots publicitários; projetos em multimídia (CD-ROM e DVD interativos); conteúdos para telefonia e elaboração de ações de merchandising.
Diversidade, inovação, criatividade e reconhecimento internacional fazem da LC Barreto uma empresa atualizada com as demandas do dinâmico mercado cinematográfico e audiovisual.
Intervídeo Digital
A Intervideo Digital é uma das mais importantes produtoras independentes do país. Tendo à frente o jornalista Roberto D’Avila e o economista Cláudio Pereira, a produtora tem mais de 25 anos de atuação e é uma das pioneiras na realização de programas e documentários para a TV. Alguns deles foram premiados e veiculados internacionalmente, como Xingu, dirigido por Washington Novaes. No cinema, a Intervideo esteve presente na produção de curtas e longas metragens, entre eles os premiados O Velho e Latitude Zero – ambos do diretor Toni Venturi. Atualmente, está realizando um documentário sobre a vida do Presidente Tancredo Neves, dirigido por Sílvio Tendler.
Costa Films – Co-produtor e distribuidor para a América Latina
Fundada em março de 2006 por Eduardo Costantini, Costa Films é uma empresa voltada para a produção, o financiamento e a distribuição de filmes de diretores renomados do mundo inteiro.
Concentrando sua atuação principalmente em filmes que possuam elementos latino-americanos, sua primeira co-produção, Tropa de Elite (dirigido por José Padilha), ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim em 2008, tendo se tornado o filme campeão de bilheteria no Brasil em 2007, superando a marca de 2,5 milhões de espectadores. Sua segunda co-produção foi The Burning Plain (Prêmio Marcello Mastroianni de Melhor Atriz Emergente no Festival de Veneza 2008), dirigido por Guillermo Arriaga, roteirista de Amores Perros, 21 Gramas e Babel, e protagonizado por Charlize Theron.
A empresa está atualmente engajada na adaptação de Notícia de um Seqüestro, filme baseado na novela homônima de Gabriel García Márquez, escritor colombiano ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, que começará a ser rodado no segundo semestre de 2010 na Colômbia e no México.
Ao mesmo tempo, trabalha no desenvolvimento de Two/One, o primeiro filme do argentino Juan Cabral, criador da campanha da Sony Bravia e da popular peça publicitária da Cadbury, “Gorilla”, a mais premiada em 2008. Cabral trabalha há seis anos para a agência Fallon, de Londres, e é reconhecido como um dos dez publicitários mais criativos do mundo.
Em julho de 2007, Costa Films co-fundou The Auteurs.com, uma cinemateca on-line, composta por uma seleção dos melhores filmes alternativos, onde os cinéfilos podem assistir, ler e discutir cinema. The Auteurs foi apresentada oficialmente com Martin Scorsese durante o Festival Internacional de Cannes e em meados de 2010 será lançada na América Latina.
Em maio de 2006. Eduardo Costantini se associou a Harvey Weinstein/The Weinstein Company para criar The Latin American Film Co., uma empresa destinada à produção e distribuição de filmes latino-americanos no mundo.
Situada em Buenos Aires, Costa Films tem sócios em New York, Los Angeles, Silicon Valley, Paris, Londres, São Paulo e México DF para os seus diferentes projetos.
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