Médicos lançam campanha para desmistificar a anemia falciforme

A cada mês, são diagnosticados aproximadamente 17 casos. A maior parte dos pacientes estão na Bahia, devido ao alto número de afrodescendentes, com um caso a cada 500 nascimentos.
A cada mês, são diagnosticados aproximadamente 17 casos. A maior parte dos pacientes estão na Bahia, devido ao alto número de afrodescendentes, com um caso a cada 500 nascimentos.
A cada mês, são diagnosticados aproximadamente 17 casos. A maior parte dos pacientes estão na Bahia, devido ao alto número de afrodescendentes, com um caso a cada 500 nascimentos.
A cada mês, são diagnosticados aproximadamente 17 casos. A maior parte dos pacientes estão na Bahia, devido ao alto número de afrodescendentes, com um caso a cada 500 nascimentos.

A Associação Brasileira de Doença Falciforme (Abraf) lançou a Campanha Lua Vermelha que tem o objetivo de esclarecer e coibir o estigma em relação à doença hereditária mais prevalente no Brasil, especialmente na população afrodescendente.

A anemia falciforme se caracteriza por uma alteração nas hemácias, que perdem a forma arredondada, endurecem e tomam o aspecto de uma foice (o que dá origem ao termo falciforme), dificultando a passagem do sangue pelos vasos e a oxigenação dos tecidos. Os principais sintomas são a icterícia, anemia crônica, crises dolorosas nos ossos e músculos.

A hematologista e presidenta do Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (Hemo 2012), Clarisse Lobo, explicou a escolha do nome da campanha. “Os profissionais estão pensando em divulgar a doença como uma lua vermelha, já que a lua tem uma imagem amorosa, afetiva. Essa simples mudança na forma de encarar aquela operação da hemácia leva à uma humanização, uma desmistificação e uma retirada completa de estigma da doença”, diz.

Estima-se que 25 mil a 30 mil brasileiros têm a doença. O Rio de Janeiro registra a segunda maior prevalência da doença entre os estados – com um caso para cada 1,2 mil nascidos. A cada mês, são diagnosticados aproximadamente 17 casos. A maior parte dos pacientes estão na Bahia, devido ao alto número de afrodescendentes, com um caso a cada 500 nascimentos.

A hematologista informou que a detecção nas crianças é feita por meio da triagem neonatal, com o teste do pezinho. “Nós estamos trabalhando para inclusão do teste para a doença falciforme em todos os estados da federação”. Atualmente, apenas 17 dos 26 estados e o Distrito Federal fazem o teste, segundo a médica. Em março, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão do exame de eletroforese de hemoglobina na lista de procedimentos do pré-natal feito no Sistema Único de Saúde (SUS), que serve para detectar a anemia falciforme.

“A anemia falciforme não tem cura, mas sim controle. Quanto mais precocemente é identificada, mais fácil é para controlar os problemas crônicos [resultantes da doença]. Quanto melhor a criança for acompanhada, mais saudável será o adulto com a doença falciforme”, explica Clarisse.

O lançamento da campanha faz parte da programação do Hemo 2012, maior encontro de especialistas em doenças do sangue da América Latina. Organizado pela Associação Brasileira de Hepatologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o evento vai até hoje (11/09/2012), no RioCentro, na zona oeste da cidade.


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