
O procurador da República, Carlos Fernando Lima, que integra a equipe de investigação do caso Lava Jato, disse durante entrevista coletiva à imprensa, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, na sexta-feira (04/03/2016), que há indícios de que o ex-presidente Lula recebeu o pagamento de vantagens, seja em dinheiro, presentes ou benfeitorias em imóveis das maiores empreiteiras investigadas na operação policial. O procurador, citou o fato da atual presidente da República, Dilma Rousseff, também ser beneficiária do esquema de corrupção.
Confira trechos das declarações do procurador Carlos Fernando Lima
– Há motivos para investigar o senhor Luiz Inácio. Neste momento, o motivo é verificar se esses pagamentos feitos a ele são um quiproquó, como dizem os americanos, dos benefícios alcançados por favores no governo.
– Nesses casos nós estamos falando de uma organização criminosa infiltrada dentro do governo federal que se utilizava da Petrobras e de outras empresas para o financiamento político e também para a apropriação pessoal. Essa organização criminosa certamente possui um comando. Foi verificado e nós já fizemos a acusação, que o ex-ministro José Dirceu fazia parte deste comando junto com o ex-tesoureiro Vaccari, dentre outros. Nós precisamos e fazemos uma investigação da continuidade dessa cadeia de comando. Hoje nós estamos analisando evidências de que o ex-presidente e sua família receberam vantagens para eventualmente consecução de atos dentro do governo.
– Esse é um esquema de compra de apoio político-partidário. Entretanto, se ele conhecia as vantagens indevidas pagas e se ele recebeu vantagens indevidas, nós estamos ainda em investigação. As investigações são exatamente no sentido de comprovar ou não a participação do ex-presidente nas decisões de beneficiamento dos partidos políticos da base aliada. Nesse aspecto as investigações já vêm acumulando evidencias que o principal beneficiário disso era o governo do PT, cujo titular foi o ex-presidente. Então fica claro que o benefício político recebido foi basicamente do ex-presidente Lula e atualmente da atual presidenta [Dilma Rousseff]”.
Abuso de autoridade
Evidenciado o objetivo de investigadores do Caso Lava Jato em criminalizar o ex-presidente Lula, o jornal Folha de São Paulo publicou várias matérias informando que os procuradores do caso Lava Jato se referiam ao ex-presidente Lula com ‘peixe grande’, e que os mesmo abordaram presos, questionando se eles tinham algo a delatar sobre ‘peixe grande’. Os procuradores negaram essa informação.
Os juristas entendem que caso não disponha de provas que confirmem a denúncia pública, mesmo que sendo em parte especulativa, o procurador da República Carlos Fernando Lima poderá responder civil e criminalmente por crime de calunia e difamação, decorrente de possível abuso de autoridade. Os juristas observam que em uma República, todos, inclusive procuradores e juízes federais estão subordinados a Lei.
Baixe
Reportagem do jornal Folha de São Paulo cita Peixe Grande
Investigadores dizem que existem suspeitas contra Lula, com base em provas e depoimentos
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