Comida com rato vivo é servida em refinaria privatizada na Bahia pelo Governo Bolsonaro

Enquanto a Refinaria Landulpho Alves pertencia à Petrobrás, entre 1950 e 2022, nunca houve registro de ratos vivos sendo servidos nas refeições dos trabalhadores.
Enquanto a Refinaria Landulpho Alves pertencia à Petrobrás, entre 1950 e 2022, nunca houve registro de ratos vivos sendo servidos nas refeições dos trabalhadores.

Trabalhadores da Unidade 18 da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, hoje administrada pela empresa privada Acelen, encontraram um rato vivo em uma das travessas de comida do refeitório, na noite de 8 de maio de 2022.

Os trabalhadores fotografaram a cena, mas não conseguiram jantar naquela noite, preferindo ficar com fome a arriscar a saúde. Segundo a Embrapa, os ratos podem transmitir mais de 35 doenças ao ser humano, sendo as mais conhecidas leptospirose, peste bubônica, tifo e salmonelose. A foto do rato no prato de comida circulou nas redes sociais da FUP e de sindipetros filiados.

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ficou indignado com a situação. “Além de vender os combustíveis mais caros do que as refinarias da Petrobrás, a Acelen ainda parece ter diminuído a qualidade da alimentação dos funcionários. É um absurdo que, depois de horas de trabalho, o trabalhador chegue com fome no refeitório da empresa e dê de cara com um rato no meio da comida. Saíram todos com fome, ninguém consegue ter a tranquilidade de comer depois de ver essa cena”, disse Bacelar.

Há algum tempo os trabalhadores da refinaria baiana privatizada vêm reclamando da alimentação que, segundo eles, não tinha boa qualidade. Enquanto a Rlam pertencia à Petrobrás, entre 1950 e 2022, nunca houve registro de episódios como este.

A direção da Acelen respondeu, em nota, que o restaurante da Refinaria de Mataripe é administrado pela mesma prestadora de serviço há 5 anos e não houve troca ou mudanças no fornecedor. “A empresa contratada segue rígidos processos de segurança alimentar com auditorias mensais e controle de pragas exigidos pela legislação e pela Acelen para garantir a segurança de todos”. A empresa alegou que situação foi pontual, na unidade 18, e que foram iniciadas investigações para identificar as possíveis causas do problema.


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