Na manhã desta quarta-feira (06/03/2024), os trabalhadores da Refinaria Mataripe, anteriormente conhecida como refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, aderiram de forma expressiva à paralisação convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), e Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan). A motivação para o movimento foi a série de demissões promovidas pela atual administração da empresa, privatizada em novembro de 2021.
O protesto, iniciado pontualmente às 6h, contou com a participação de mais de 1.200 trabalhadores e estendeu-se ao longo de 5 horas. As demissões, que afetaram tanto os funcionários próprios quanto os terceirizados, ganharam intensidade após o anúncio do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, no mês anterior, sobre a possível retomada da operação da refinaria pela estatal. O grupo árabe Mubadala, por meio da Acelen, empresa responsável pela gestão da refinaria, reduziu o efetivo em resposta a essa perspectiva.
Bacelar, representante sindical, lamenta o aumento das demissões, enfatizando que, após o anúncio de Prates, a Acelen tem diminuído o número de trabalhadores próprios e terceirizados. Essa redução, segundo Bacelar, compromete a manutenção das unidades e a segurança das operações. Até o momento, 200 trabalhadores foram dispensados na Refinaria Mataripe, levantando preocupações sobre a perda de conhecimento acumulado ao longo de 15, 20, 25 anos.
Ao final da paralisação, representantes da Acelen, na área de Recursos Humanos, reuniram-se com os representantes sindicais para discutir as reivindicações dos trabalhadores. A Refinaria Mataripe, inaugurada em 1950, foi a primeira refinaria instalada no país e, atualmente, corresponde a aproximadamente 14% de todo o refino nacional.
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