Anderson Torres foi preso no sábado (14/01/2023) ao retornar ao Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes. A suspeita é que o ex-secretário, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha atuado para facilitar a ação de extremistas do bolsonarismo que realizaram atos antidemocráticos contra a sede dos Três Poderes da República, em Brasília. O ex-ministro nega.
Ao ser ouvido nesta quarta-feira (18/01) pela Polícia Federal (PF), o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro ficou em completo silêncio.
Sem delação
Em entrevista à CNN Brasil, o advogado de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, diz que “não há o que ser delatado”.
O advogado de Anderson Torres, Rodrigo Roca, descartou a possibilidade de o cliente fechar um acordo de delação premiada com a Justiça.
“Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatado”, disse Roca.
A declaração foi dada na noite desta terça-feira (17/01/2023), em entrevista à CNN Brasil. Na mesma entrevista, Roca afirmou que a defesa do ex-secretário somente vai se manifestar após ter acesso aos autos do processo. O depoimento de Torres ainda não foi marcado.
Torres chegou ao Brasil no último sábado (14), para se entregar à Polícia Federal, em Brasília. Ele teve o pedido de prisão solicitado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF), por atuação omissa nas invasões às sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro.
O depoimento de Torres e a possibilidade de ele fechar um acordo de delação premiada é um dos principais temores de aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles temem um “depoimento comprometedor” e consideram que a prisão do ex-secretário tornou sua situação “extremamente delicada”.
Ex-presidente é investigado
Um dia antes da prisão de Anderson Torres, Moraes atendeu a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu Bolsonaro na investigação que busca apurar os “autores intelectuais” das invasões de apoiadores do ex-presidente em Brasília.
O requerimento aceito pelo STF foi apresentado à PGR por 80 representantes do Ministério Público Federal (MPF). O documento aponta conduta de incitação pública à prática de crime por parte do ex-presidente.
O 8 de Janeiro Antidemocrático
Os atos violentos promovidos por bolsonaristas no dia 8 de janeiro deixaram um rastro de destruição no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, principalmente, no STF. Os envolvidos no distúrbio extremista pediam uma intervenção militar para derrubar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu no dia 1º.
*Com informações da Sputnik Brasil.
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