A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro aprovou novos passos em sua investigação, incluindo a reconvocação do ex-ajudante-de-ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e a quebra de sigilos da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e de indivíduos ligados a ela. A sessão, que teve a aprovação de 57 requerimentos, trouxe debates acalorados e levantou questões sobre a abrangência e imparcialidade das investigações.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), propôs a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens de Jair Bolsonaro, após investigações policiais indicarem possível envolvimento dele em venda ilegal de presentes recebidos de autoridades estrangeiras. Enquanto a data do novo depoimento ainda não foi definida, a aprovação da medida amplia o escopo das apurações.
Além disso, a CPMI aprovou a quebra de sigilos fiscal, telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli e de três indivíduos relacionados a ela. A investigação surge a partir da denúncia de Walter Delgatti Neto, hacker que alega que Zambelli teria pago para invadir plataformas mantidas pela Justiça na internet. A quebra de sigilo também se estende ao irmão da parlamentar, o deputado estadual Bruno Zambelli (PL-SP), visando esclarecer seu testemunho sobre um telefonema em que Jair Bolsonaro teria sugerido que Delgatti assumisse a responsabilidade por um grampo ilegal contra um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Investigações amplas e controvérsias
A sessão de votação dos requerimentos foi marcada por debates intensos, refletindo as divergências de opinião sobre a amplitude e imparcialidade das investigações. Enquanto alguns membros da comissão apontam para a necessidade de focar nos eventos do dia 8 de janeiro e suas ramificações, outros questionam a abrangência de medidas como a quebra de sigilos fiscais e telefônicos de pessoas que podem não estar diretamente relacionadas aos acontecimentos em questão.
Calendário e desafios futuros
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), anunciou um calendário de atividades para os próximos dois meses, com a leitura do relatório da senadora Eliziane Gama prevista para o dia 17 de outubro. As próximas etapas prometem ser decisivas para a conclusão das investigações e a apresentação de um relatório detalhado que analise os fatos e resultados obtidos ao longo da CPMI do 8 de Janeiro.
Enquanto a comissão segue seu curso, as tensões políticas e as divergências de opinião continuam a marcar o cenário, colocando em evidência a complexidade e a sensibilidade dos temas envolvidos nas investigações.
*Com informações da Agência Senado.
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