Uma pesquisa de doutorado realizada por Mariana Machado Rocha revelou como o racismo desempenhou um papel significativo na concepção da Universidade de São Paulo (USP) durante sua fundação em 1934, um período em que havia um projeto de branqueamento da nação.
O estudo, intitulado “Uma luta científico-social desproporcional: colonialidade e branquitude na fundação da USP e ensino superior na Imprensa Negra Paulista (1924 – 1937),” utiliza análises dos estudos críticos da branquitude e dos estudos pós-coloniais para examinar o impacto do racismo na criação da universidade.
A pesquisa envolveu a análise das referências ao ensino superior nas agendas políticas dos fundadores da USP e da Imprensa Negra Paulista no período de 1924 a 1937. Mariana Machado Rocha utilizou fontes como textos e discursos dos fundadores da universidade, bem como os jornais O Clarim da Alvorada, Progresso e A Voz da Raça.
O estudo revelou que o ensino superior estava ligado aos ideais de nação de ambos os grupos, mas com visões radicalmente diferentes sobre raça, o papel dos negros na sociedade brasileira e o papel da ciência ou cultura erudita na sociedade. A fundação da USP, influenciada por essas perspectivas, contribuiu para a construção social da raça no Brasil dos anos 1930.
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