Gases do efeito estufa alcançam novos recordes, alerta Organização Meteorológica Mundial 

Níveis recordes de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso indicam um futuro de temperaturas extremas, alerta a OMM.
Níveis recordes de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso indicam um futuro de temperaturas extremas, alerta a OMM.

As concentrações globais de dióxido de carbono (CO2) atingiram um marco alarmante, ficando 50% acima dos níveis pré-industriais em 2022, registrando 418 partes por milhão, conforme revelado por um recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A tendência negativa persiste em 2023, com aumentos significativos também nos níveis de metano, atingindo 1.923 partes por bilhão, e óxido nitroso, marcando um novo pico anual. O Boletim do Efeito Estufa, divulgado em Genebra, estabelecerá a base para as discussões na 28ª Cúpula do Clima (COP28) em Dubai. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, adverte que esses recordes indicam um aumento contínuo nas temperaturas, ultrapassando as metas do Acordo de Paris.

O estudo destaca a influência do consumo de combustíveis fósseis nesse cenário, alertando que o mundo está encaminhando-se para um aumento nas temperaturas além das metas estabelecidas no Acordo de Paris. Condições climáticas extremas, como calor intenso, chuvas intensificadas, derretimento do gelo e elevação do nível do mar, estão previstas. A OMM destaca a urgência na redução do consumo de combustíveis fósseis, enquanto os fundos de carbono estão diminuindo rapidamente.

O relatório enfatiza que quase metade das emissões de CO2 permanecem na atmosfera, com mais de um quarto sendo absorvido pelos oceanos e menos de 30% pelos ecossistemas terrestres. Com a continuidade das emissões, o CO2 persistirá na atmosfera, levando a um aumento global das temperaturas. Mesmo em caso de redução rápida das emissões para zero, as altas temperaturas perdurarão por várias décadas, com implicações socioeconômicas e ambientais significativas. A concentração atual de CO2 na atmosfera, não vista desde há 3 a 5 milhões de anos, aponta para um futuro com temperaturas mais elevadas e níveis do mar consideravelmente superiores.

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