Brasil se une à Opep+ sob a ótica da transição energética, afirma presidente Lula

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca a importância do Brasil na Opep+ durante a COP28 em Dubai.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca a importância do Brasil na Opep+ durante a COP28 em Dubai.

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), realizada em Dubai, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil participará da Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opep+). Essa iniciativa visa influenciar na transição energética global, direcionando a atenção dos grandes produtores de petróleo para alternativas mais sustentáveis. Lula enfatizou a importância de convencer os países produtores a investir seus lucros do petróleo na produção de combustíveis renováveis, com destaque para o hidrogênio verde.

A Opep, criada em 1960, conta com 13 membros, enquanto a Opep+ agrega outros dez países aliados. Lula esclareceu que o Brasil participará mais como observador do que com poder de decisão, similar à participação no G7 Plus. Durante o evento, que reuniu a sociedade civil brasileira, o presidente reforçou a necessidade de preparação para o fim dos combustíveis fósseis.

No mesmo contexto, Lula ressaltou a importância do hidrogênio verde como uma alternativa aos combustíveis fósseis. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou o marco legal para a produção do hidrogênio verde no Brasil. O presidente destacou a relevância de debater alternativas frente à crise climática, causada pelas crescentes emissões de gases do efeito estufa.

Outro ponto enfatizado pelo presidente foi a necessidade de reformas nos mecanismos de financiamento climático, evitando repetir modelos excludentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Lula argumentou que os países ricos devem arcar com os custos da preservação das florestas, mencionando a criação de um Fundo para manutenção das florestais tropicais de todo o mundo, proposto pelo Brasil na COP28.

Emocionado, o presidente cedeu seu tempo de fala à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacando a importância de ouvir uma representante da floresta. Marina abordou as políticas governamentais de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, enfatizando uma abordagem sistêmica e a importância dos povos indígenas e quilombolas na preservação das florestas.

A COP28 também foi palco de manifestações de Lula sobre conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia e a situação na Faixa de Gaza. Ele pediu medidas para encerrar os conflitos e sugeriu mudanças no Conselho de Segurança da ONU. O presidente reforçou seu compromisso com o desenvolvimento sustentável em todas as dimensões durante seu governo.

*Com informações da Agência Brasil.


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