Os recentes bombardeios no sul de Gaza, realizados pelas forças israelenses, agravaram ainda mais a crise humanitária na região, gerando apelos urgentes por um cessar-fogo. O Escritório da ONU para os Direitos Humanos manifestou preocupação com a intensificação dos ataques, que resultaram na morte de mais de 100 palestinos desde a véspera de Natal.
Segundo o porta-voz do escritório, Seif Magango, a Força Aérea Israelense executou mais de 50 ataques nos dias 24 e 25 de dezembro, atingindo não apenas áreas habitacionais, mas também campos de refugiados, como Al Bureij, Al-Nuseirat e Al-Maghazi. O número total de mortos nessas áreas subiu para pelo menos 131, conforme dados do Médico Sem Fronteiras.
A situação humanitária já era catastrófica e se agrava com a destruição de estradas que impedem a chegada de ajuda humanitária aos necessitados. Magango reforçou a necessidade de que os ataques respeitem estritamente os princípios do direito internacional humanitário, destacando que ordens de evacuação não isentam as forças israelenses de suas responsabilidades.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, expressou em mensagem de fim de ano sua consternação com o sofrimento evitável em 2023. Ele ressaltou que a maioria dos hospitais em Gaza está parcialmente funcional, com apenas quatro oferecendo serviços básicos no norte. O apelo por um cessar-fogo imediato foi renovado diante da pressão insuportável sobre os hospitais.
Os médicos continuam a enfrentar desafios significativos no atendimento às vítimas dos ataques, com relatos de um “massacre” no Hospital Al-Aqsa. Sean Casey, coordenador de Equipes Médicas de Emergência da OMS, descreveu a situação como dramática, com a chegada constante de casos de trauma. A capacidade dos hospitais está excedida, comprometendo o tratamento adequado e aumentando o risco de vidas perdidas.
Enquanto a tragédia se desenrola em Gaza, na Cisjordânia, o número recorde de propriedades palestinas demolidas e deslocamentos revela a amplitude do impacto na região. O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU reporta níveis alarmantes, com 1.094 estruturas demolidas e 2.127 pessoas deslocadas até o momento.
*Com informações da ONU News.
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