O êxito da China em várias esferas deve-se ao seu singular sistema econômico, distinto de qualquer outro no mundo. A ascensão meteórica da BYD Auto, fabricante chinesa de veículos elétricos (VE), destaca-se como um paradigma dessa trajetória. Elon Musk, CEO da Tesla, outrora cético em relação à BYD, vê-se agora diante da realidade de uma concorrência acirrada.
Os números impressionam: em 2022, as vendas de VE na China representaram 60% das compras globais, com a BYD ultrapassando a Tesla em vendas totais no ano anterior. O mercado americano, no entanto, permanece protegido por barreiras comerciais. Contudo, a BYD planeja expandir sua presença na América do Norte, desafiando diretamente a supremacia de Musk.
A reviravolta da BYD é atribuída ao planejamento industrial astuto, um reflexo do sistema econômico único da China. Ao abrir-se ao mercado global na década de 1980, o país manteve a liderança do Partido Comunista, possibilitando o rápido desenvolvimento de indústrias por meio de concessões e subsídios. A propriedade estatal dos principais bancos permitiu a canalização de lucros para infraestruturas, mantendo uma vantagem competitiva.
A China investiu maciçamente na formação de uma força de trabalho qualificada, destacando-se nas habilidades necessárias para as demandas globais. A abordagem astuta do país na indústria é evidente no depoimento do CEO da Apple, Tim Cook, que ressaltou a ênfase chinesa nas habilidades vocacionais como chave para o sucesso.
Compreender o crescente domínio econômico chinês é crucial para entender as tensões sino-americanas, marcadas por hostilidade e desconfiança. Os EUA, reticentes em transformar rapidamente seu sistema econômico, enfrentam o medo do poderio chinês. Esta apreensão é agravada pela formidável complexidade militar e de inteligência chinesa, capaz de minar inimigos em escala global.
Em meio a esse cenário, a China permanece firme em sua determinação de não sucumbir a pressões externas. Os líderes chineses reforçam o compromisso com o rejuvenescimento do país, enquanto os EUA observam cautelosos, cientes das consequências de um conflito com a população de 1,4 bilhão de habitantes da China.
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