Presidente do Conselho Europeu adverte sobre momento decisivo nos confrontos entre Israel e Irã

Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na reunião do G7 na ilha italiana de Capri.
Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, na reunião do G7 na ilha italiana de Capri.

Em uma entrevista concedida à Euronews na manhã de sexta-feira, em Bruxelas, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou a esperança de que os recentes ataques israelitas contra o Irão marquem o fim da escalada de tensões entre os dois países. Michel destacou a importância da reação e a necessidade de observar os desenvolvimentos nos próximos dias, enfatizando a urgência de retornar a uma situação estável e minimizar riscos e tensões.

O alerta de Michel ocorre após o Irão ativar suas defesas aéreas em resposta a um suposto ataque de retaliação por parte de Israel perto da cidade de Isfahan, aumentando os temores de um conflito regional mais amplo. Este incidente sucede o primeiro ataque direto do Irão contra território israelita, envolvendo cerca de 300 drones e mísseis, como retaliação a um ataque aéreo israelita em Damasco.

A comunidade internacional, incluindo aliados ocidentais de Israel, tem apelado ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu para evitar retaliações. No entanto, o governo iraniano parece ter minimizado o ataque, indicando a ausência de planos imediatos para novas represálias.

Charles Michel enfatizou a responsabilidade da União Europeia em aconselhar Israel, dada a amizade entre as partes. Ele também apelou para que as tensões entre o Irão e Israel não ofusquem a situação humanitária em Gaza, reiterando o apelo da UE por um cessar-fogo e acesso humanitário desimpedido.

A UE planeja impor sanções adicionais ao regime iraniano para limitar sua capacidade de realizar ataques e considera incluir o Corpo de Guardas da Revolução Islâmica na lista de organizações terroristas. Michel reconheceu que as sanções não têm efeito imediato, mas servem para sinalizar ao Irão que seu comportamento é inaceitável e representa uma ameaça à estabilidade regional e à segurança marítima internacional.

Ataque israelense a unidade de defesa aérea no Sul da Síria causa danos materiais

Israel lançou um ataque com mísseis contra uma unidade de defesa aérea no sul da Síria, resultando em danos materiais, conforme relatado pela agência de notícias estatal SANA e citado pela AP. O incidente ocorre após explosões próximas a uma grande base aérea iraniana em Isfahan durante a manhã.

A área atingida na Síria está localizada a cerca de 1.500 quilômetros a oeste de Isfahan. Os sistemas de defesa antiaérea iranianos aparentemente conseguiram abater os drones usados por Israel no ataque à base aérea próxima a uma central nuclear.

Durante a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Capri, Itália, os Estados Unidos compartilharam informações de “última hora” fornecidas por Israel sobre uma operação com drones no Irão, conforme revelado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani. O G7 formalmente instou Israel e o Irão a evitarem uma nova escalada de tensões na região.

Além disso, o G7 expressou sua disposição de aplicar novas sanções ao Irão em resposta ao ataque com mísseis e drones contra Israel. O comunicado do grupo enfatizou a responsabilização do governo iraniano por suas ações desestabilizadoras e reiterou a prontidão para adotar medidas adicionais.

Sistemas de defesa antiaérea iranianos neutralizam ataque Israelense

Os sistemas de defesa antiaérea iranianos frustraram um ataque israelita contra uma base militar em Isfahan, no centro do Irão, cidade que abriga uma central nuclear. Autoridades iranianas afirmam que não houve mísseis disparados contra o país; em vez disso, o ataque teria sido realizado por drones que sobrevoaram a cidade e possivelmente foram lançados do interior do próprio Irão. Assegura-se que os drones foram abatidos e que o incidente não causou danos à central nuclear.

A Agência Internacional de Energia Atômica também confirmou que as instalações nucleares do Irão permaneceram intactas. Em uma publicação nas redes sociais, a agência apela à extrema contenção de todas as partes, enfatizando que as instalações nucleares nunca devem ser alvo de conflitos militares.

Autoridades em Washington relataram que as forças israelitas estavam conduzindo operações militares contra o Irão, mas não especificaram a natureza ou a escala dessas operações. Após relatos de explosões perto de Isfahan, os sistemas de defesa antiaérea foram ativados em várias províncias iranianas, e a maioria dos voos comerciais no espaço aéreo do Irão foi cancelada. Testemunhas no terreno também relataram explosões no céu sobre Tabriz.

*Com informações da Euronews


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