Uma reviravolta inesperada na saga política brasileira: segundo informações reveladas pelo portal UOL nesta terça-feira (14/05/2024), pelo menos dez seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenados ou investigados por participação na tentativa de golpe de 8 de Janeiro de 2023, decidiram fugir do país. O método? Destruíram suas tornozeleiras eletrônicas e atravessaram as fronteiras, buscando refúgio em territórios vizinhos como Argentina e Uruguai.
A investigação, baseada em mandados de prisão e depoimentos de familiares, amigos, advogados e autoridades, revelou um cenário alarmante: pelo menos 51 pessoas têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após desativar seus dispositivos de monitoramento eletrônico. Uma verdadeira corrida contra o tempo, que colocou em evidência os desdobramentos sombrios da polarização política que assolou o Brasil nos últimos anos.
O episódio que desencadeou essa onda de fugas remonta ao fatídico 8 de Janeiro de 2023, quando, uma semana após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma multidão de apoiadores de Bolsonaro irrompeu violentamente os principais edifícios institucionais de Brasília. O Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto foram invadidos, enquanto imagens chocantes de símbolos da República sendo vandalizados ecoavam pelo país e além-fronteiras.
O STF, em um esforço para conter a onda de violência e restaurar a ordem, condenou dezenas de participantes por crimes que iam desde ataques ao Estado Democrático de Direito até tentativa de golpe de Estado. Ações subsequentes, como a instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), culminaram na identificação de 61 pessoas para indiciamento, incluindo o próprio ex-presidente Bolsonaro, por crimes que abrangiam associação criminosa e violência política.
Enquanto o país lida com as repercussões desse turbilhão político, a fuga dos apoiadores de Bolsonaro ressalta os desafios enfrentados pelo sistema judicial brasileiro. Apesar de não haver alertas públicos emitidos pela Interpol sobre esses fugitivos, a questão da segurança nacional e a cooperação internacional para a extradição desses indivíduos agora assumem uma importância crucial.
*Com informações da Sputnik News.
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