Entre 2010 e 2022, a Bahia viu sua população não alfabetizada diminuir em 17,8%, passando de 1.729.297 para 1.420.947 pessoas. Apesar dessa redução de 308.350 pessoas, a taxa de analfabetismo no estado caiu de 16,6% para 12,6%, mantendo a Bahia com a maior quantidade absoluta de não alfabetizados no país e a 9ª maior taxa de analfabetismo entre os estados brasileiros.
Em 2022, 11.403.801 brasileiros com 15 anos ou mais não sabiam ler nem escrever, o que representa uma taxa de analfabetismo de 7,0%. O Nordeste concentrou pouco mais da metade desses analfabetos, com 6.123.989 pessoas, ou 53,7% do total. A região Nordeste, composta por nove estados, apresentou as nove maiores taxas de analfabetismo do Brasil, sendo Alagoas (17,7%), Piauí (17,2%) e Paraíba (16,0%) os estados com os piores índices.
Na Bahia, a taxa de analfabetismo caiu em todas as faixas etárias entre 2010 e 2022. No entanto, o número de pessoas com mais de 55 anos não alfabetizadas cresceu, representando 61,4% do total de analfabetos no estado. Em termos de gênero, a taxa de analfabetismo era maior entre homens (13,8%) do que entre mulheres (11,5%). Entre as pessoas indígenas, a taxa era ainda mais alta (16,0%), sendo o grupo com menor avanço na redução do analfabetismo em 12 anos.
Salvador, capital da Bahia, tinha em 2022 a menor taxa de analfabetismo do estado, com 3,5%, a 13ª menor entre as capitais brasileiras. No entanto, a taxa era maior entre idosos (9,4%) e pessoas indígenas (4,7%). Curiosamente, na capital, as mulheres apresentavam uma taxa ligeiramente superior à dos homens, 3,6% contra 3,3%, respectivamente.
Os desafios para a erradicação do analfabetismo na Bahia são evidentes, com 356 dos 417 municípios baianos apresentando taxas superiores à média estadual de 12,6%. Pedro Alexandre e Coronel João Sá tinham as maiores taxas de analfabetismo do estado, 31,9% e 31,7%, respectivamente, ambas no semiárido baiano.
Por outro lado, 8 dos 10 municípios com as menores taxas de analfabetismo estavam na Região Metropolitana de Salvador, liderados pela capital (3,5%), Lauro de Freitas (3,7%) e Madre de Deus (4,4%). Entre 2010 e 2022, todos os municípios baianos reduziram suas taxas de analfabetismo, com os maiores avanços registrados em Quixabeira, Itaquara e Ibiquera.
Principais dados sobre analfabetismo na Bahia
Taxa de Analfabetismo na Bahia
- Em 2022: 12,6%
- Entre 2010 e 2022: Redução de 17,8%
População Não Alfabetizada na Bahia
- Em 2022: 1.420.947 pessoas
- Entre 2010 e 2022: Redução de 308.350 pessoas
Taxa de Analfabetismo no Brasil em 2022
- 7,0%
- População de 15 anos ou mais não alfabetizada: 11.403.801 pessoas
Nordeste
- Concentra mais da metade dos analfabetos do Brasil (6.123.989 pessoas)
- Todos os nove estados nordestinos têm as maiores taxas de analfabetismo do país
Faixas Etárias
- 6 em cada 10 não alfabetizados na Bahia têm mais de 55 anos
- Taxa de analfabetismo na faixa de 55 a 64 anos: 22,4%
- Taxa de analfabetismo na faixa de 65 anos ou mais: 36,7%
Disparidades por Gênero e Etnia
- Taxa de analfabetismo entre homens na Bahia: 13,8%
- Taxa de analfabetismo entre mulheres na Bahia: 11,5%
- Taxa de analfabetismo entre pessoas indígenas na Bahia: 16,0%
Municípios
- 9 em cada 10 municípios baianos têm taxa de analfabetismo maior do que a média do estado
- Município com maior taxa de analfabetismo: Pedro Alexandre (31,9%)
- Município com menor taxa de analfabetismo: Salvador (3,5%)
Avanços nos Municípios
- Redução da taxa de analfabetismo em todos os municípios da Bahia entre 2010 e 2022
- Municípios que mais reduziram suas taxas de analfabetismo: Quixabeira, Itaquara e Ibiquera

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Salvador reduz taxa de analfabetismo em 17,5% entre 2010 e 2022
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