O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, apresentou informações detalhadas sobre a população quilombola e indígena na Bahia. Os resultados revelam diferenças significativas em termos de idade, gênero e distribuição territorial entre esses grupos e a população em geral do estado.
Os dados mostram que a Bahia possui a maior população quilombola do Brasil, totalizando 397.502 pessoas, o que representa cerca de 30% do total nacional. No entanto, apenas 5,2% desses quilombolas vivem nos 48 Territórios Quilombolas oficialmente delimitados no estado.
Entre as características demográficas dos quilombolas baianos, destaca-se a predominância de uma população mais jovem e masculina em comparação com a população geral do estado. Embora as mulheres sejam maioria na população total da Bahia, representando 51,7%, sua participação entre os quilombolas é ligeiramente menor, com 50,5%. Dentro dos Territórios Quilombolas, as mulheres se tornam minoria, representando 49,6% da população.
Além disso, o índice de envelhecimento da população quilombola é 20,0% menor do que na população em geral, indicando uma estrutura etária mais jovem. A idade mediana da população quilombola na Bahia é de 32 anos, três anos a menos do que a população em geral, que tem uma idade mediana de 35 anos.
No que diz respeito à população indígena, a Bahia também se destaca, sendo o segundo estado com o maior número absoluto de indígenas no Brasil, totalizando 229.443 pessoas. Destas, 7,5% vivem nas 21 Terras Indígenas existentes no estado.
Assim como entre os quilombolas, as mulheres também são maioria entre os indígenas na Bahia, representando 53,0% do total. No entanto, dentro das Terras Indígenas, as mulheres deixam de ser maioria, representando 49,3% da população.
Os dados do Censo também apontam para uma estrutura etária mais envelhecida entre a população indígena em comparação com a população quilombola. O índice de envelhecimento da população indígena é significativamente maior do que na população em geral, sendo 96,0/100 contra 75,4/100.
Esses resultados fornecem insights valiosos sobre a composição demográfica e as características específicas dos grupos quilombolas e indígenas na Bahia, destacando a importância de políticas e programas que levem em consideração suas necessidades e particularidades.
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