Política de manejo do fogo segue para a sanção do presidente Lula

Senado aprova projeto que institui Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que agora aguarda sanção presidencial.
Senado aprova projeto que institui Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que agora aguarda sanção presidencial.

A Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, aprovada pelo Senado, visa regulamentar o uso do fogo no meio rural brasileiro, com ênfase na substituição gradual por outras técnicas. O projeto, originado no governo do ex-presidente Michel Temer e apoiado pelo atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi discutido em audiências públicas da Comissão de Meio Ambiente (CMA) e recebeu aval da pasta de Meio Ambiente.

Segundo o texto aprovado, o uso do fogo será permitido em situações específicas, como práticas agropecuárias, pesquisa científica aprovada, prevenção e combate a incêndios, cultura de subsistência de povos indígenas, comunidades quilombolas, tradicionais e agricultores familiares, além de capacitação de brigadistas florestais. Cada uma dessas práticas deverá ser autorizada pelos órgãos competentes.

O projeto define dois tipos de queimada: controlada e prescrita. A queimada controlada, utilizada para fins agropecuários delimitados, requer autorização prévia e plano de manejo integrado do fogo. Já a queimada prescrita é planejada e controlada para fins de conservação, pesquisa ou manejo, também exigindo autorização prévia.

A legislação proíbe a queima como método de supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, exceto nos casos de queimada controlada de resíduos vegetais. Além disso, estabelece a possibilidade de manejo do fogo de forma solidária entre proprietários de áreas contíguas de até 500 hectares.

Senadores comemoraram a aprovação do texto, especialmente diante das recentes queimadas que têm devastado o Pantanal. Para Nelsinho Trad (PSD-MS), a iniciativa demonstra a união do Senado na busca por soluções para enfrentar desastres ambientais, destacando o apoio do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, na aceleração da tramitação.

A implementação da política em terras de povos indígenas e comunidades quilombolas será coordenada pelo Ibama, em parceria com a Funai, Fundação Cultural Palmares, Incra e Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União. O texto também prevê a criação de um cadastro nacional de brigadas florestais, sob responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente, para melhor gerenciar respostas a incêndios florestais.

O projeto aguarda agora a sanção presidencial para entrar em vigor como lei nacional, buscando conciliar a necessidade de manejo do fogo com a preservação ambiental e os direitos das comunidades tradicionais e indígenas do país.

*Com informações da Agência Senado.


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