O Caruru de São Cosme e São Damião foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia em ato simbólico realizado nesta sexta-feira (27/09/2024), no Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador. O evento fez parte do I Seminário de Patrimônio Imaterial – Reconhecendo Memórias, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado (SecultBa) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). O reconhecimento integra a política estadual de salvaguarda do patrimônio imaterial e reforça o compromisso do governo em preservar tradições culturais, religiosas e comunitárias de grande relevância para o povo baiano.
O decreto que oficializa o registro da festa foi assinado pelo governador Jerônimo Rodrigues e publicado no Diário Oficial do Estado no mesmo dia. A cerimônia contou com a presença de Bruno Monteiro, secretário de Cultura do Estado, Marcelo Lemos, diretor geral do IPAC, Táta Ricardo Tavares, presidente da Câmara de Patrimônio do Conselho de Cultura, além de representantes religiosos e membros da sociedade civil envolvidos na preservação cultural.
Durante o evento, Bruno Monteiro afirmou que o reconhecimento do Caruru de São Cosme e São Damião como patrimônio cultural imaterial é um marco para a cultura baiana. Ele destacou a importância de registrar formalmente os bens imateriais para garantir sua continuidade e preservação ao longo do tempo.
“O Estado tem a responsabilidade de proteger essas manifestações que fazem parte da identidade de nosso povo, para que não se percam e continuem sendo transmitidas de geração em geração”, afirmou o secretário. Segundo Monteiro, a patrimonialização é também um ato de respeito à ancestralidade e às raízes culturais da Bahia.
Marcelo Lemos, diretor do IPAC, reforçou o caráter coletivo do processo de patrimonialização. Ele ressaltou que a tradição do Caruru já era amplamente conhecida e celebrada pela população antes mesmo do reconhecimento oficial.
“Esse processo é o resultado do trabalho de muitos homens e mulheres que contaram suas histórias e compartilharam suas experiências de devoção, permitindo que o Estado consolidasse essa tradição como patrimônio cultural”, disse Lemos.
O diretor também mencionou a importância da participação comunitária e do envolvimento popular na manutenção e valorização dessas manifestações culturais.
Táta Ricardo Tavares, presidente da Câmara de Patrimônio do Conselho de Cultura e responsável pelo processo de patrimonialização, destacou a singularidade da festa de São Cosme e São Damião na Bahia. Para ele, a celebração é a maior e mais disseminada festa popular do estado, ocorrendo simultaneamente em todos os territórios de identidade, desde espaços públicos até residências e templos religiosos.
“Nenhuma outra manifestação popular na Bahia tem essa abrangência e mobilização. Estamos falando de uma tradição que faz parte da vida de milhares de baianos e que agora, com o reconhecimento oficial, ganha ainda mais força para se perpetuar”, afirmou Tavares.
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Caruru de São Cosme e São Damião é oficializado como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia
Caruru de São Cosme e Damião é reconhecido como Patrimônio Imaterial da Bahia
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