O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou neste domingo (20/10/2024) viagem à Kazan, na Rússia, onde participaria da 16ª Cúpula de líderes do Brics. O cancelamento ocorreu após o presidente sofrer um acidente doméstico, no qual caiu e bateu a cabeça, resultando em um ferimento que exigiu a aplicação de cinco pontos. A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, recomendou, por precaução, que ele evitasse viagens longas, apesar de poder manter suas outras atividades diárias.
Avaliação médica e recuperação
De acordo com o boletim médico emitido pela equipe do hospital, o presidente sofreu um ferimento corto-contuso na região occipital. Embora o acidente não tenha sido considerado grave, os médicos recomendaram que Lula evitasse viagens aéreas longas. Os cuidados médicos estão sendo liderados pelo cardiologista Roberto Kalil Filho e pela infectologista Ana Helena Germoglio. Lula permanece no Palácio da Alvorada, sob acompanhamento da equipe médica, e segue com suas atividades, exceto as que envolvam deslocamentos longos.
O embarque para a Rússia estava previsto para o domingo, 20 de outubro, às 17h. Com o cancelamento da viagem, o presidente participará da cúpula de forma remota, por videoconferência, conforme informou a Presidência da República.
A 16ª Cúpula do Brics
A cúpula do Brics será realizada de 22 a 24 de outubro e será o primeiro encontro com a participação dos novos países-membros do bloco, admitidos recentemente: Arábia Saudita, Egito, Irã, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. A agenda principal do evento inclui discussões sobre a criação de uma modalidade de adesão destinada aos chamados “países parceiros”, que não terão os mesmos direitos plenos dos países-membros do bloco.
O embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, afirmou que as discussões têm se concentrado na definição de critérios para essa nova modalidade de participação. “Há uma expectativa de que, com a aprovação desse modelo, seja feito um anúncio dos países que serão convidados a integrar essa categoria”, disse Saboia.
Além disso, a cúpula abordará outros temas relevantes, como a crise no Oriente Médio, a cooperação política e financeira entre os membros do bloco, e a análise dos relatórios do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Também serão apresentados relatórios do Conselho Empresarial do Brics e da Aliança Empresarial das Mulheres.
Participação internacional e futuro do Brics
O governo russo confirmou a presença de 32 países no evento, incluindo a participação de 24 chefes de Estado. Entre os dez países-membros do Brics, oito serão representados por seus líderes máximos, exceto o Brasil, representado virtualmente por Lula, e a Arábia Saudita, que enviará seu ministro das Relações Exteriores.
Durante o evento, é esperada a publicação de uma declaração conjunta, cujo teor se concentrará no fortalecimento do multilateralismo como caminho para um desenvolvimento global justo e seguro. A cúpula também marca a transição para a presidência do Brasil no Brics a partir de 2025, em um sistema de rodízio com mandatos de um ano.
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